Dois dias a ficar próximo do primeiro lugar e o ataque no terceiro para ganhar a etapa e vestir a camisola amarela no Grande Prémio Internacional de Torres Vedras – Troféu Joaquim Agostinho. Eis Daniel Freitas. O ciclista da Rádio Popular-Paredes-Boavista tem sido um ciclista muito regular esta época, já somava uma vitória (Clássica da Primavera) e é mais um corredor a mostrar que está em boa forma nesta fase da temporada, tão importante para as equipas nacionais.

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São apenas nove os segundos que o separam de Tiago Antunes (Efapel Cycling), que perdeu a liderança, mas continua na luta, sendo que os primeiros 25 ciclistas da geral têm menos de um minuto de diferença para Daniel Freitas. E este domingo temos a última etapa, que será a rainha, com a subida ao alto de Montejunto.

A Rádio Popular-Paredes-Boavista assumiu este sábado o protagonismo, pois além de Daniel Freitas também liderar nos pontos, Alberto Gallego é agora o dono da camisola azul da montanha. O espanhol foi um dos homens que esteve em fuga, numa etapa curta (143,2 quilómetros) e disputada de forma muito intensa. Os 40,506 km/hora de média refletem isso mesmo.

Javier Moreno (Glassdrive-Q8-Anicolor), Asier Etxeberria (Euskatel-Euskadi), Samuel Blanco (Atum General-Tavira-AP Maria Nova Hotel), Rui Rodrigues (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), Márcio Barbosa (ABTF-Feirense) e Gallego foram para a frente da corrida pouco depois da partida na Atouguia da Baleia. Só a quatro quilómetros da meta foram alcançados.

A Caja Rural-Seguros RGA assumiu grande parte do controlo no pelotão, depois de ter vencido com Jonathan Lastra na sexta-feira. A seletividade do circuito de Torres Vedras, com as subidas do Varatojo e da Serra da Vila, não facilitou a missão dos homens da fuga.

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A última passagem pela Serra da Vila acabou por ser decisiva. O pelotão começou a partir-se e nove ciclistas conseguiram ganhar alguma vantagem, entre eles Daniel Freitas. O grupo cortou a meta em Torres Vedras com seis segundos de vantagem. Freitas bateu António Barbio (Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados) e Joan Bou (Euskaltel-Euskadi) no sprint final, fazendo valer as características que lhe são reconhecidas, apesar de em épocas recentes ter começado a aprimorar a capacidade de enfrentar a montanha.

“A etapa de hoje era rompe-pernas, boa para mim. Sabia que poderia discutir a vitória na etapa e vestir a camisola amarela. Ontem não saiu como queríamos, mas hoje conseguimos rematar da melhor maneira, soubemos colocar a tática em prática. Amanhã é um novo dia e assumiremos esse estatuto”, disse Daniel Freitas.

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Última etapa e classificações

Este domingo, Daniel Freitas terá de mostrar como estão as suas características de trepador numa das mais conhecidas subidas em Portugal: o Montejunto. É onde se ficará a conhecer o vencedor da histórica corrida portuguesa e não faltam candidatos, pelo que se espera um final muito movimentado e emotivo.

O pelotão partirá da Foz do Arelho (12h45) para um percurso de 174,8 quilómetros. A meta coincide com um prémio de montanha de primeira categoria, a segunda subida deste nível nos últimos 5300 metros da corrida. A chegada deverá acontecer perto das 17 horas.

Quanto às classificações faltam mencionar, Márcio Barbosa (ABTF-Feirense) consolidou a liderança nas metas volantes, enquanto Xabier Isasa, da Euskaltel-Euskadi, é o melhor jovem. A equipa basca lidera coletivamente.

Mais info e fotos: www.facebook.com/trofeujoaquimagostinho


Imagens: Federação Portuguesa de Ciclismo

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