Já sabemos que, tantos anos depois, eis que surge uma nova geração da icónica Mondraker Dune, a bicicleta de enduro de referência da marca espanhol. Mas agora é uma super enduro, por assim dizer, pois é também uma e-bike de montanha da categoria “super leve”.

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TrekFest 2024

Isto porque o peso fica abaixo dos 20 kg em todas as versões da gama. Nesta versão topo de gama XR (entre as três versões que existem desta e-BTT), isso é notória, pois há efetivamente uma sensação de leveza tendo em conta que se trata de um modelo elétrico para andar na montanha, ainda mais nos trilhos de enduro.

O que temos então neste artigo sobre as nossas impressões após andarmos uma manhã inteirinha com a nova Mondraker Dune 2024! E, como referimos ontem, isto aconteceu na apresentação que o fabricante de Alicante organizou recentemente em Portugal para mostrar a bicicleta pela primeira vez.

Então, diretamente das praias de Cascais e dos trilhos da Serra de Sintra, no vídeo acima conseguem ver vários pormenores da Dune e também vários momentos de ação a descer!

E já a seguir aqui está a nossa apreciação resumida da bicicleta, isto enquanto não temos oportunidade de a testar mais a fundo…

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Prototype

Configuração Mullet

Sim, a Dune tem roda 29” à frente e 27,5” atrás. Mas já falaremos do que isso permite fazer melhor… Para começar, dizer que, mais uma vez, a Mondraker não desiludiu e fez mais uma brilhante apresentação desta nova “máquina”, que é um SL (super light), mullet e long travel no amortecimento.

Refira-se que a Dune é uma e-bike de montanha “disfarçada”, pois quando olhamos para ela a primeira vez nem damos por isso que é elétrica. Está equipada com o sistema Bosch Performance Line SX Smart System, com os seus quatro modos de assistência elétrica e condução.

Além disso, o motor tem um peso a rondar os 2k g e a bateria de 400 Wh deve marcar mais ou menos o mesmo na balança. O propulsor debita 55 Nm e é possível utilizar um range extender, o PowerMore de 250 wh, que pesa 1,6 kg, segue na grade de bidon e amplia a autonomia em cerca de 50% reais.

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Specialized Levo

O mostrador Kiox 500 no guiador, que é 40% maior que a versão anterior, e sentimos que talvez não seja necessário termos um ecrã tão grande neste tipo de bicicleta.

O que gostámos realmente foi das suspensões Ohlins que equipam esta novidade da Mondraker, que foram desenvolvidas em parceria com aquele fabricante de suspensões.

Em conjunto com com isso, o Zero Suspension System foi revisto e está mais otimizado, mas o mais importante é que esta versão XR conta com 180 mm de curso à frente e 165 mm atrás, o que é quase perfeito para o tipo de uso que se pode dar à Dune. Respetivamente, a RFX 38 180 mm e a TTX22 M.2 Coil 165 mm.

Um verdadeiro ‘brinquedo’…

Quando entra em ação nos trilhos, a a bicicleta é um autêntico “brinquedo”: saltos e rock gardens são o habitat natural desta Dune XR. Nos trilhos de Sintra que fizemos sentimos bem como trabalham estas Ohlins…

Ao mesmo tempo, as rodas instaladas nesta XR, as e*thirteen Grappler com aros em carbono e cubos da mesma marca não desiludem em nada… E os cranques também em carbono e também da e*thirteen são outra maravilha.

Na travagem, os Sram Code Ultimate com discos de 200 mm portam-se bastante bem, ao passo que o pneu Maxxis Assegai 29×2.5 EXO+ 3c à frente agarra-se bem à curva. Atrás está um Maxxis DHR 27.5×2.4 DD 3c Maxxterrra. Na transmissão, sistema Sram X0 Eagle AXS T-Type de 12x.

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Prototype

Puro enduro… elétrico!

Esta é uma bicicleta pura de enduro. A sensação que temos em trilhos mais exigentes é uma sensação de conforto e estabilidade. O facto de ser Mullet ajuda muito a curvar.

Em resumo, esta nova Dune XR está muito bem conseguida… O feeling a descer nos trilhos é igual a uma bicicleta muscular. Depois, nas subidas, o Bosch SX faz muito bem o seu trabalho e nem damos por elas. Não é o sistemas mais potente, mas para manter o peso baixo é preciso sacrificar algo, como sabemos…

A melhorar, ou talvez a comprovar no teste mais completo, dois pontos menos positivos, para já: os punhos montados nesta versão causam algum desconforto nas mãos ao fim de descidas mais extensas. E o sensor de velocidade está na válvula tubeless; ou seja, em caso de furo substituir por câmara de ar não será possível.

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