Se tens acompanhado o GoRide, sabes que estivemos presentes na apresentação mundial da nova Trek Madone Gen 8, bicicleta de estrada que vem revolucionar o catálogo da marca e que está em ação neste momento no pelotão da Volta a França, nas mãos dos prós da Lidl-Trek!

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No evento tivemos oportunidade de ver a bicicleta de perto, experimentá-la na estrada (vê aqui e mais abaixo o nosso vídeo de teste!) e também de conversar com os engenheiros da Trek que foram responsáveis pelo desenvolvimento do modelo que agora tem a “responsabilidade” de substituir não só a Madone Gen 7 como também a Émonda, que abandona o catálogo da Trek a partir de agora.

Já andámos com a nova TREK MADONE GEN8 | Primeiras impressões / Review

“É o melhor de dois mundos”, dizem. Mas será que o ciclista de fim de semana procura esse conceito “combinado”? E será que a bicicleta é mesmo a mais rápida até então na oferta da Trek? E o sistema IsoFlow, o que “esconde” desta vez? Tivemos a sós com os principais responsáveis pela Madone Gen 8 e ficámos a saber tudo…

GoRide: A nova Trek Madone quer “revolucionar” o conceito aero? Esta nova bicicleta parece menos aerodinâmica, acham que o consumidor final percebe e quer isto? O lado estético continua a ser muito importante. Como lidam com isto?

Trek: “A nossa melhor resposta são os dados! Partilhamos os dados todos com toda a gente. É normal que seja difícil para as pessoas perceberem na realidade as diferenças, mas, com os dados tornados públicos e apresentados, conseguimos provar que esta nova Madone Gen 8 é efetivamente mais rápida”.

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“Contudo, se compararmos a antiga geração com esta, vamos conseguir ver na prática as melhorias a nível aerodinâmico, mesmo que as formas físicas não a façam parecer mais rápida”.

GoRide: Temos agora um novo sistema de tamanhos… Isto foi atingido tendo em conta aquilo que o profissionais querem, ou foi o consumidor final quem teve aqui um papel fundamental?

Trek: “As duas coisas! Temos uma larga base de dados de vários ciclistas profissionais e amadores, e foi assim que chegámos a esta nova tabela. De certa forma traduzimos o sistema anterior para este novo e, claro, tivemos em conta as posições extremas dos atletas profissionais, algo que um atleta comum não atinge”.

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“No sistema numérico (o antigo) era mais difícil de acertar com o tamanho certo para um ciclista que está, por exemplo, entre um 52 ou um 54; as medidas eram muito semelhantes, e isso complicava a escolha. Neste novo sistema alfabético de seis opções tudo é mais fácil e lógico”.

“Mas estamos muito contentes por termos uma base que permite fazer montagens super ‘agressivas’ e competitivas, ou algo mais confortável e utilizável”.

GoRide: Como foi o caminho para chegar aqui? Acabar com a Émonda? Há uns anos as bicicletas aero ganharam grande popularidade, mas hoje conseguimos os mesmos benefícios aero com a leveza de uma ‘bike trepadora’. Como chegaram até aqui?

Trek: “Foi difícil e deu muito trabalho! Em primeiro lugar, temos a nossa equipa (Lidl-Trek), que é uma Factory Team, o que possibilita um contacto mais direto com os ciclistas profissionais. É sempre importante um feedback direto. Fizemos muitos testes e protótipos, mas dos quais os ciclistas não gostaram…”.

“É um processo demorado e minucioso. Procurámos mexer naquilo que os profissionais notam efetivamente. Por outro lado, se olharmos para a história da Émonda, com o passar dos anos a bicicleta foi ganhando peso, seja pelo acrescento de travões de disco, seja por formas mais aerodinâmicas. Com a Madone, ouvimos sempre a mesma opinião: ‘queremos a bicicleta mais leve'”.

“Portanto, a Émonda foi ganhando peso e traços aerodinâmicos, e a Madone foi perdendo peso e as linhas agressivas. O passo lógico era terminar com a Émonda e oferecer aquilo que é mais versátil. Uma junção das duas filosofias!”.

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