A realidade de março provavelmente não será a mesma de julho para o corredor de 34 anos, que sabe recuperar física e animicamente, e também preparar com precisão os seus grandes objetivos.

Primoz Roglic esteve abaixo das expectativas na recente edição da Paris-Nice, principalmente na derradeira etapa, em que perdeu mais de 4 minutos para o surpreendente vencedor Matteo Jorgenson (Visma-Lease a Bike).

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O 10.º luga da geral é um resultado sem dúvida aquém para um corredor que nos habituou a ter desempenho de altíssimo nível em cada uma das suas corridas, seja no reinício, no meio ou no final da temporada.

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Como atenuante há Remco Evenepoel, que já tem vários dias de corrida nas pernas e também não dominou a corrida, ou mesmo João Almeida, que esteve igualmente modesto, terminando na 11.ª posição.

E há ainda as condições climatéricas e a mudança de equipa, mas não podem ser valorizadas, uma vez que as primeiras foram iguais para todos (embora haja corredores mais suscetíveis às intempéries do que outros) e a passagem da Visma para a BORA é mais uma de tantas transferências que ocorrem a cada temporada.

O esloveno tentou encontrar uma justificação no final da corrida francesa e quis ser mais brando consigo mesmo do que o seu diretor desportivo, Patxi Vila, que acredita que o reforço de 2024 da BORA cometeu muitos erros durante a corrida.

“É um ambiente completamente novo, uma nova equipa e também a minha vida não muda muito se vencer a Paris-Nice”, começa o vencedor do último Giro, com cautela. “Foi a minha primeira corrida e obviamente preciso de ritmo de corrida”, continua Roglic, que, no entanto, não nega o objetivo falhado. “Vim para a Paris-Nice com a intenção de vencer, senão não tinha vindo, mas não conseguimos”, admite.

“Acho que devo aproveitar estas ilações. O meu segundo objetivo foi fazer um bom bloco de intensidade e consegui. Terminei inteiro, é importante e a competição fica nas pernas”, conclui o três vezes vencedor da Vuelta, que girará toda a sua temporada em torno da preparação para o Tour de França. A realidade de março provavelmente não será a mesma de julho para o corredor de 34 anos, que sabe recuperar física e animicamente, e também preparar com precisão os seus grandes objetivos.

Créditos da imagem: Bora-hansgrohe Twitter – https://twitter.com/BORAhansgrohe/status/1765420735558758843/photo/1

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