Ter uma nova transmissão Sram é cada vez mais desejo de grande parte dos donos de bicicletas de BTT, pois a marca norte-americana volta a destacar-se da rival Shimano com o lançamento recente dos seus conjuntos eletrónicos XX e X0 AXS.

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E isto tem acontecido de forma recorrente, mas no segmento mais de topo e em patamares de exclusividade e preços mais elevados, já que a Shimano continia a dominar a gama média e os índices de funcionalidade e fiabilidade. Pelo menos até agora.

Falámos de forma resumida destas novas opções de transmissão Sram aquando do seu lançamento em conjunto com os novos travões Sram Level. Agora, contudo, queremos ir mais a pormenor em cada um destes novos grupos, isto antes da review ao conjunto Sram XX AXS que estamos a preparar para breve!

São três as transmissões nesta nova gama, com dois deles a destinarem-se a um uso muito similar: os muitos exclusivos grupos Sram XX SL AXS e XX AXS apontam às competições de BTT, sendo o primeiro um pouco mais XC e o segundo um pouco mais trail (apesar de adequado também para bicicletas de XC). Ambos podem também equipar e-bikes de montanha.

O grupo Sram XX SL sem potenciómetro no pedaleiro.

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Depois há o conjunto Sram X0 AXS, cuja missão é equipar bicicletas para as vertentes all mountain e enduro (e também e-bikes), com componentes mais resistentes, explica o fabricante. A oferta está muito completa, até porque o lote de componentes inclui também cranques e pratos para o pedaleiro.

O grupo Sram XX SL com potenciómetro no pedaleiro.

Num especial em três partes, este artigo é a primeira delas. E fala do conjunto Sram XX SL, que é o mais exclusivo e caro de todos. Aqui está ele.

Transmissão Sram XX SL Eagle AXS

A sigla SL vem de SuperLight. E pode dizer-se que este conjunto é o pináculo das transmissões de BTT do momento. E nem vale a pena falar do acionamento eletrónico e sem fios que serve de base ao sistema, pois, felizmente, esta tecnologia já nem é propriamente uma novidade. Quem o diria há poucos anos…?!

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Como tem uma abordagem mais “leve”, é natural que o número de elementos no conjunto seja menor e de design mais minimalista. O desviador é talvez a novidade mais importante entre estes produtos, pois está pensado e desenhado para ser instalado diretamente no quadro, sem dropout.

Digamos que o dropout já está integrado no desviador. E esta parte/peça do componente é muito rígida e resistente: no vídeo acima podemos ver uma pessoa a colocar o peso de todo o corpo em cima do desviador… Estão assim prometidos menos problemas, menos desafinações, menos probabilidade de partir por ali…

Em contrapartida, o peso do desviador cresce. A Sram refere que o desviador traseiro do conjunto XX SL pesa 440 gramas, já a contar com a bateria. O preço se o quisermos comprar em separado é de 700 euros. Não é barato…

E no desviador encontramos outra boa invenção: a roldana inferior apresenta a nova tecnologia Magic Wheel. O anel exterior da roldana, que é onde estão os dentes, roda de forma independente em relação ao anel interior, que é o que está aparafusado à cage do desviador. Como vemos na imagem acima, se ali entrar um pau, por exempplo, o anel de fora continua a girar e a corrente não é bloqueada.

Depois há a cassete XG1299, que, apesar de manter a relação 10-52t, mudou no escalonamento das três rodas dentadas maiores. Já não há aquele salto de 10 dentes que existe nas gamas imediatamente anteriores: 10, 12, 14, 16, 18, 21, 24, 28, 32, 38, 44 e 52. O peso anunciado é de 350 gramas (as três rodas grandes são em alumínio e as restantes em aço). O preço é de 720 euros.

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Cranques e sistema pedaleiro Sram XX-SL.

Mais à frente, são dois os conjuntos de cranques disponíveis neste conjunto e que se diferenciam apenas no design e na presença ou não de potenciómetro. São os modelos XX-SLP e XX-SL. Os cranques são em fibra de carbono e o prato é direct mount. O eixo pedaleiro é compatível com vários sistemas: DUB:BSA73, PF89.5, PF92, PF30 MTB73, BB30 MTB73, BSA MTB68SP.

Cranques e sistema pedaleiro Sram XX-SLP.

O modelo mais simples, sem potenciómetro, declara um peso de 475 gramas (prato 34t, cranques de 175 mm e eixo DUB); o preço é de 660 euros. Por sua vez, o modelo com potenciómetro faz subir o peso para 535 gramas (prato 32t, 170 mm e eixo DUB), com preço de 1.260 euros.

O potenciómetro alimenta-se de um pilha do tipo moeda CR2032 (200 horas de autonomia anunciada) e a medição de potência tem um intervalo de erro de +-1,5%. Mede a potência libertada por ambas as pernas.

Manípulo POD Controller Ultimate.

Por último, o manípulo AXS POD Controller, que está disponível em qualquer um dos grupos recentemente lançados, pois todos são eletrónicos AXS. Pode ser instalado tanto de um lado como do outro do guiador, e isto é uma novidade. E a Sram pretende ter neste elemento um funcionamento cada vez mais hi-tech, a fazer esquecer os manípulos mecânicos.

POD Controller Matchmaker X.

Há dois formatos diferentes de montagem no guiador, com preços entre os 180 e os 240 euros. Um é o Matchmaker X, com ajuste longitudinal e outro mais simples, sem este ajuste. O peso avançado pela marca é de apenas 50 gramas. E não esquecer que todos os sistemas eletrónicos são ajustáveis através da app Sram para smartphone.

Quando os preço total deste conjunto, pode ir dos 2.650 aos 3.250 euros, o que é um patamar de valor muito elevado (e mesmo para quem tem vastos orçamentos disponíveis para este tipo de produtos…).

Nota: os preços dos travões, bem como de todos os elementos das novas transmissões da Sram, podem variar de país para país. Estes são preços anunciados aquando do lançamento dos produtos, mas podem ser diferentes nas lojas portuguesas.

Em breve chega a segunda parte deste especial, no qual falaremos ao detalhe do grupo Sram X0.

Mais info:

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Eis os novos conjuntos de travões e transmissão Sram para BTT, finalmente! [com vídeo]

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