Este sábado realiza-se a 18ª edição da Strade Bianche. De uma corrida apenas incomum, devido aos seus troços em gravilha branca, a ser considerada por alguns como o sexto monumento, a espetacular corrida da região da Toscana percorreu longo caminho em relativamente muito pouco tempo no reconhecimento do seu prestígio em muito pouco tempo. A sua criação data de 2007, demasiado jovem para ser uma clássica.

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Mas a organização pretende continuar a elevar o estatuto da corrida italiana, estabelecendo um novo marco este ano. Em vez dos habituais 184 quilómetros, o percurso, traçado ao redor da cidade de Siena, por estradas ondulantes entre vinhedos, ultrapassará a fasquia dos 200, com exatos 215 km a enfrentar pelos corredores.

A esta significativa extensão em 31 quilómetros do trajeto acrescenta dificuldade. Em vez dos tradicionais onze troços de estradas brancas, setores não pavimentados de gravilha que caracterizam a prova, o pelotão terá de percorrer mais quatro: 15.

Isso levará os corredores a um total de 70 quilómetros de estrada não pavimentada, em vez dos 63 nas edições anteriores. As Strade Bianche prometem ainda mais emoção, espetáculo e algum dramatismo na edição de 2024.

Este ano a corrida tem ainda mais um aliciante. Marcará o regresso às competições do melhor corredor do Mundo: Tadej Pogacar. O esloveno da UAE Emirates estreia-se na temporada e, como é habitual na esmagadora maioria das provas em que participa, será também nesta o principal candidato à vitória. A provar a sua ambição a um segundo triunfo, após conquistado em 2022 após uma memorável exibição ‘a solo’ a pouco menos de meia centena de quilómetros da meta, Pogacar faz-se acompanhar de pesos-pesados da sua equipa, como o suíço Marc Hirschi ou o belga Tim Wellens, ambos em grande forma e já com resultados relevantes esta época.

«Estou entusiasmado com a nova perspetiva de temporada, é algo novo. A Strade [Bianche] é uma corrida que adoro e da qual tenho boas lembranças. A minha preparação tem sido muito boa e iremos competir pela vitória. Nunca se sabe exatamente como estamos nas primeiras corridas e terei grandes rivais nessa prova, mas creio que, com a ajuda de toda a equipa, podemos estar prontos para qualquer coisa. Depois de ver este início de temporada tão bom para a equipa, mal posso esperar para voltar a correr», afirmou Tadej Pogacar.

Contra a poderosa armada dos Emirados Árabes Unidos, poderemos contar com um bom número desafiantes, a começar pelo vencedor da edição de 2023, o britânico Tom Pidcock, que também se rodeará de uma formação da INEOS Grenadiers em seu apoio, em que se destacam o polaco Michal Kwiatkowski, duplo vencedor da corrida (2014 e 2017), o colombiano Daniel Martinez, recente segundo classificado na Volta ao Algarve e ganhador de duas etapas… a Remco Evenepoel, o trepador neerlandês Thymen Arensman, os roladores Magnus Sheffield, Kim Heiduk e Salvatore Puccio, e ainda o capitão galês Geraint Thomas.

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Outro corredor a seguir com atenção será o Julian Alaphilippe, na sexta participação. O francês da Soudal Quick-Step tem sentimentos díspares da corrida italiana do ‘sterrato’: por um lado a magnífica vitória em 2019 e o segundo lugar em 2021, apenas batido pelo estratosférico Mathieu van der Poel, e por outro foi nas estradas brancas da Toscana que começou o período difícil que atravessa na sua carreira, após queda violenta na edição de 2022.

Christophe Laporte, Sepp Kuss e Attila Valter (Visma-Lease a Bike), Richard Carapaz e Neilson Powless (EF Education EasyPost) e Matej Mohoric (Bahrain Victorious) são outros corredores a estar atentos.


Créditos da imagem: Strade Bianche Twitter – https://twitter.com/StradeBianche/status/1763577432756396392/photo/1

 

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