Confessamos que esta discussão pode ser um pouco “inútil”… Isto porque a cablagem interna é uma tendência atual e que vai continuar a ser seguida por todas as marcas de bicicletas. Os sistemas desenvolvidos são melhores e mais “limpos” de ano para ano, combinando na perfeição a estética com um funcionamento perfeito de guiador e direção com os cabos a passarem diretamente para dentro do quadro.

PUB
TrekFest 2024

Mas… será que há assim tantos benefícios nestes sistemas, visto que a manutenção e o manuseamento dos cabos passam a ser muito mais complicados? E quando há problemas, será que vamos conseguir resolvê-los se levar a bike à oficina?

Somos a favor dos cabos a passarem por dentro de todos os componentes, admitimos, mas é preciso que tudo funcione às mil maravilhas. Mas também sabemos que há quem deteste estes sistemas e que prefira ter os cabos fora do quadro e de outros elementos.

Aqui ficam então alguns prós e contras de termos uma bicicleta com um sistema de cablagem interna, seja no quadro, na direção ou no guiador. Esperamos que possamos ajudar-te a desfazer algumas dúvidas sobre o assunto.

Cablagem interna: a favor

Vantagem 1: estética

É evidente que acima das restantes vantagens está a questão estética e visual. A integração dos cabos dentro dos componentes traz um design mais limpo a todos os níveis. À medida que se consegue “esconder” cabos vez mais cabos em todas a bicicleta vamos notando que as bikes ficam mais apuradas a nível visual. Tão simples quanto isto.

PUB
Specialized Levo

Vantagem 2: aerodinâmica

A componente aerodinámica melhora sem cabos no exterior, em teoria. Talvez isto não seja tão importante nas bicicletas de BTT, mas na estrada, onde cada milésima de segunda pode contar, então este ponto é determinante.

Vantagem 3: proteção extra

Os cabos e as bichas ficam mais protegidos, disso não há dúvida. Dentro do quadro, do guiador e da caixa de direção ficam a salvo da ação das condições meteorológicas e também de eventuais danos em caso de queda ou impacto. Especialmente no BTT, com pedras, paus e ramos sempre a aparecem ao caminho…

PUB
Riese & Müller Multitinker

Cablagem interna: contra

Desvantagem 1: acessibilidade

É claro que os cabos ficam menos acessíveis para efeitos de manutenção, ajuste e verificação. Neste ponto, por mais que nos digam que tudo é fácil de fazer, será sempre mais complicado proceder a uma intervenção mecânica do que se os ditos cabos estiverem por fora do quadro, do guiador, da suspensão, da direção. Ponto final.

Desvantagem 2: ruídos

Sabemos e estamos a notar que este problema é cada vez menos intenso à medida que os sistemas de cablagem interna vão evoluindo. Mas é um facto que há lugar a barulhos e ruídos “parasita” causados pela passagem dos cabos dentro dos quadros e outros elementos. E que estes ruídos são incrivelmente “chatos”!

Desvantagem 3: preço

Temos de pagar mais, sim. Primeiro, é lógico pensarmos que o custo de desenvolver e produzir bicicletas com estes sistemas acabe por refletir-se no preço final. Segundo, porque normalmente são os modelos mais caros e mais acima nas gamas que se apresentam com este tipo de integrações.

PUB
Giant TCR 2024

Fotos: GoRide.pt / Rock Shox / Scott

Também vais gostar de ler…

Discussão de ciclismo: usar calções de licra ou ‘largos’ no BTT? [com vídeo]

Também vais gostar destes!