O primeiro Monumento do ano! Como manda a tradição, Milão-Sanremo,  este sábado, lança a temporada das grandes clássicos. Os diferentes Capi, a Cipressa, o Poggio… todos os ingredientes, e claro, o final na Via Roma em San Remo, cidade localizada na província de Imperia (região da Ligúria).

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Única mudança no percurso desta 115.ª edição: a corrida começará pela primeira vez em Pavia, nos subúrbios de Milão, e terá seis quilómetros a menos do que em 2023.

O cenário está montado. Resta agora saber o vencedor da prova profissional mais longa do mundo, apelidada de La Primavera (a Clássica da Primavera) ou La Classicissima (a Clássica das Clássicas). E haverá muitos pretendentes a suceder Mathieu van der Poel.

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Vencedor individual no ano passado, o neerlandês de Alpecin-Deceuninck estará novamente à partida para tentar uma dobradinha excepcional. Ainda sem qualquer corrida de estrada nesta temporada, Van der Poel avança como favorito natural e designado para a sua própria sucessão, depois de mais um inverno magistral no ciclocrosse. O campeão mundial (também no ciclocrosse…) pode tornar-se o primeiro corredor a triunfar na Milão-Sanremo na estreia na temporada e apenas o quinto a vencer a prova com a camisola de arco-íris, depois de Alfredo Binda (1932), Eddy Merckx (1972, 1975), Felice Gimondi (1974) e Giuseppe Saronni (1983).

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Para evitar que deixe mais uma marca na história do ciclismo, o seu melhor adversário deverá mais uma vez chamar-se Tadej Pogacar. O esloveno da UAE Emirates parece mais forte do que nunca após a sua demonstração na Strade Bianche e espera adicionar um quarto monumento dos cinco – e um sexto no total – à sua lista. Se este duelo entre as duas super estrelas do pelotão eleva os níveis de ansiedade, não devemos descurar os muitos outsiders ao triunfo nesta corrida sempre muito aberta e indefinida.

Começando por Mads Pedersen (Lidl-Trek), afinado neste início da temporada e sexto nas duas últimas edições, ainda na senda por conquistar o seu primeiro monumento. Entre os outros velocistas capazes de disputar a vitória na Via Roma destacam-se Olav Kooij (Visma-Lease a Bike), Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck), Michael Matthews (Jayco-AlUla) ou Jonathan Milan (Lidl -Trek).

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Sem esquecer Filippo Ganna (2.ª em 2023) e Tom Pidcock (INEOS Grenadiers), Matej Mohoric, vencedor em 2022 (Bahrain Victorious), Stefan Küng (Groupama-FDJ) ou mesmo Alberto Bettiol (EF Education-EasyPost).

Na antevisão à corrida, Van der Poel reconhece o favoritismo de Pogacar “Ele já está em ótima forma e percebe que precisa tornar a corrida difícil. Prevejo que o ritmo já seja alto na Cipressa [penúltima subida], antes do Poggio [última]. A minha tática? Segui-lo!”, afirmou o também já vencedor de dois monumentos, Volta a Flandres (2020 e 22) e Paris-Roubaix (2023).

“Na verdade, não há muita tática nesta corrida. Normalmente, tudo acontece no Poggio. Será importante estar bem posicionado na Cipressa e, claro, no Poggio, e é aí que as pernas vão falar», analisou o corredor, de 29 anos, que crê que Pogacar tenha capacidade de fazer o mesmo que ele fez na edição transata. «Não ficarei surpreso se ele se isolar no Poggio. Não será fácil, mas se for melhor do que os outros, sim, creio que é possível”.

Tadej Pogacar procura retificar o desaire de 2023. Contra-atacado no Poggio por Mathieu van der Poel, o esloveno não conseguiu melhor do que o quarto lugar, ainda atrás do italiano Filippo Ganna, segundo classificado (e que voltará a participar este ano) e do hoje ausente belga Wout Van Aert, terceiro.

“Como já disse, esta corrida é uma das mais difíceis de vencer e pode originar resultados imprevisíveis. Claro que vamos fazer um plano e colocar-nos na melhor posição possível na fase decisiva. É uma corrida que quero muito vencer”, refere o corredor, de 25 anos.


Crédito da imagem: Milam-Sanremo Twitter – https://twitter.com/Milano_Sanremo/status/1768687079314047252/photo/1

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