Tadej Pogacar foi um dos últimos dos principais corredores do WorldTour a aderir aos travões de disco. O esloveno, recorde-se, ao contrário de Chris Froome, que era bastante crítico do funcionamento do componente que substituiu o sistema de pinça e calço, sempre disse que o motivo de preferir a sua bicicleta com estes últimos era o peso ser inferior.

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Agora, o antigo companheiro de equipa de Pogacar na UAE Emirates, Ryan Gibbons, veio dizer que o vencedor do Tour em 2020 e 2021 rendeu-se aos travões de disco devido a pressão do fabricante de bicicletas que patrocina da formação árabe, a Colnago.

“Houve definitivamente pressão do fabricante para correr com a bicicleta de travão de disco, porque eram este que estava a impor-se no mercado na altura, e tinham de publicitá-lo ao público”, revela o corredor sul-africano, de 29 anos, no podcast Bobby & Jens. No entanto, só em 2022 e com a introdução da Colnago V4Rs é que a Pogacar fez finalmente a mudança…

Então, porque é que a Pogacar resistiu enquanto pôde a um componente aparentemente revolucionário, ao qual todo (ou quase todo) o pelotão já aderira. A resposta, para quem tem estado mais atento ao ciclismo, é conhecida…

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“Foi totalmente devido ao peso”, garante Gibbons, e o próprio Pogacar admitira-o há dois anos, quando a questão se levantou. “O Tadej considerava que, se pudesse tirar 300 gramas, teria vantagem. E quando se está a tentar ganhar a maior corrida de bicicletas do mundo, qualquer grama pode contar”, refere o atual corredor da Lidl-Trek.

“Claro que se trata de ir o mais depressa possível. Queremos estar confortáveis, mas se pudermos ser 3 watts mais rápidos, não é de descurar!” acrescenta Gibbons. “Temos a sorte, na atualidade, de o vestuário ser muito, muito bom, e de as bicicletas serem ótimas”, conclui.


Crédito da imagem. Twitter UAE Team Emirates – https://twitter.com/TeamEmiratesUAE/status/1733428789139361902/photo/3

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