Remco Evenepoel disse que podia ter conquistado o título mundial de estrada de fundo, no último domingo, mas que não teve oportunidades, porque foi obrigado a seguir as ordens da equipa, cujo plano era correr para Wout Van Aert.

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O jovem corredor da Deceuninck-QuickStep foi convocado para os Mundiais pelo técnico da seleção belga, Sven Vanthourenhout, após ter sido segundo classificado na corrida de fundo do Campeonato Europeu, atrás do italiano Sonny Colbrelli.

Evenepoel integrou uma fuga inicial, a 180 km da meta, seguida de um segundo ataque sensivelmente a meio da corrida, com o objetivo de forçar as equipas adversárias a perseguirem a desgastarem-se. No entanto, quando Julian Alaphilippe atacou para a vitória, a pouco mais de uma volta do fim, Van Aert não conseguiu responder. Apenas Jasper Stuyven, na Bélgica, se aproximou do francês, mas ficou fora dos lugares medalhados, em quarto.

Evenepoel, cujo trabalho foi elogiado, veio agora declarar que se sentia em condições físicas para vencer o campeonato. “Na sexta-feira à noite, antes do Campeonato Mundial, houve uma reunião com todos [na seleção belga]. Não fiquei esclarecido sobre o que exatamente era esperado que fizesse. Então, depois de dormir sobre isso, no dia seguinte falei com Sven [Vanthourenhout] e com ​​Serge [Pauwels] e perguntei-lhes: ‘O que esperam de mim concretamente?’”

“Disse-lhes que achava que poderia vencer a corrida num determinado cenário. ‘Terei uma chance ou não?’ Eu perguntei. ‘Não,’ foi a resposta. Ok, fiquei esclarecido», conta o Evenepoel.

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“A estratégia planeada foi seguida: tudo por Wout [van Aert], com Jasper [Stuyven] como alternativa. Eu tinha de trabalhar. O meu trabalho era não deixar os adversários perigosos fugirem”, continua o belga.

“Para que fique registado: eu faria sempre esse tipo de trabalho pela nossa equipa, se fosse solicitado. Mas disse a Sven Vanthourenhout: ‘Esta é uma oportunidade perdida, para vários corredores'”.

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