Há dois meses que não víamos Tadej Pogacar competir. Afastado do pelotão na sequência de uma fratura do escafoide após queda na Liège-Bastogne-Liège, em abril, o número um do mundo regressou às competições na prova de contrarrelógio dos Nacionais da Eslovénia.

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E foi com uma décima terceira vitória na temporada 2023 que o natural de Komenda conquistou o terceiro título do seu país naquela especialidade, depois dos de 2019 e 2020.

“O objetivo era rodar mais rápido do que três anos atrás. Consegui. A minha mão já não me incomoda, mas tenho de ter cuidado para não bater com o pulso. Senti um pouco de nervosismo antes da prova, mas estou muito feliz por tudo ter corrido bem e por ter conseguido rodar a toda velocidade. A forma é boa e consistente e a mente está ótima. Na verdade, pode-se dizer que esta lesão não poderia ter ocorrido em melhor momento!”, declarou o esloveno da UAE Emirates no final do contrarrelógio.

“Obviamente, não queria que isso [a lesão] tivesse acontecido, mas porque precisei de uma longa pausa, creio que me forçou a descansar um pouco mais do que se não tivesse ocorrido o acidente. Voltei a treinar no ginásio uma semana após a queda. Assim consegui manter um pouco a minha forma e também fiz reabilitação do pulso, além de corrida, trabalho de tronco, etc. Já estou de volta à estrada há algumas semanas e sinto-me muito bem. Não creio que isso me traga limitações no Tour”, confidenciou Tadej Pogacar após a sua coroação.

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Com Primoz Roglic, Jan Tratnik (Jumbo-Visma) e Matej Mohoric (Bahrain Victorious) ausentes, Pogacar não teve problemas para se impor claramente – mais, de forma esmagadora – sobre a fraca concorrência, especialmente porque foi o contrarrelógio tinha formato de cronoescalada, com uma subida de 7,3 kms a uma média de 7,4% na primeira parte.

Ao final dos 15,3 km do percurso completo, a diferença foi abismal entre Tadej Pogacar e os demais. Desde logo, para Marko Pavlic (mebloJOGI Pro-concrete), segundo classificado, que ficou a 5 minutos e 14 segundos! Terceiro, Anze Skok (Ljubljana Gusto Santic) gastou mais 6m30s do que Pogacar.

Se as diferenças para os seus concorrentes não são realmente significativas, dada a fragilidade dos adversários, o tempo de 29.43 minutos alcançado pelo corredor de 24 anos é muito mais, já que baixou 1.27 minutos ao registo efetuado em 2020 no mesmo percurso (31.10).

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Mesmo que seja sempre difícil comparar desempenhos alcançados em diferentes momentos e em diferentes contextos, o seu desempenho agora não deixa de ser promissor tendo em vista o Tour.

E como a felicidade nunca vem só, a sua companheira Urska Zigart (Team Jayco AlUla) também venceu o título esloveno de contrarrelógio, e igualmente pela terceira vez. A recente sétima no Volta à Suíça foi acompanhada no pódio por Urska Pintar (BTC City Ljubljana Scott/+1’43”) e Eugenia Bujak (EAU Team ADQ/+5’33”).

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Imagens: UAE Emirates

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