Vingegaard garante que «não previa estar na liderança do Tour 2023 nesta altura da competição» e que a camisola amarela reforça-lhe a confiança no êxito por acreditar que os seus «melhores dias na corrida ainda estão para chegar».

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O dinamarquês começou melhor e impôs mais de um minuto ao esloveno na primeira etapa dos Pirenéus, com um ataque fulminante no Col de Marie Blanque, pensando-se desde logo que vencedor da edição de 2022 pudesse, no dia seguinte, sentenciar o ganhador em 2023. Ou ficar perto.

No entanto, Pogacar respondeu, quiçá acima das expectativas, e recuperou cerca de um terço da desvantagem na etapa com final em Cauterets, após ter sido submetido a pressão durante todo o dia (com Aspin e Tourmalet) da Jumbo-Visma, e aplicou uma contraofensiva na subida para meta, distanciando Vingegaard. E vergou-o a mais oito segundos no lendário Puy de Dôme, derradeira etapa antes da jornada de descanso de ontem.

De qualquer modo, Vingeggard rejeita estar em perda ou abaixo do que esperaria ao fim do primeiro terço da prova. «Para mim, foi uma boa primeira semana. Sabia que teria de estar a um bom nível desde o início, mas esperava estar atrás [na geral] neste momento. Tive alguns momentos bons e creio que as melhores etapas para mim ainda estão para chegar. Serão os dias com longas e exigentes subidas nos Alpes», afirmou o corredor da Jumbo-Visma, considerando que o acumular do cansaço será o fator «mais decisivo».

«Na primeira semana, a fadiga não incomodava, mas agora acumular-se-á. Aproximam-se dias muito duros, com etapas longas e muitas subidas»,salientou o nórdico, de 26 anos, que assegura estar «em forma e preparado para lutar pelo triunfo no Tour 2023 até Paris».

Tadej Pogacar não está menos otimista e afirma até «sentir uma espécie de ímpeto» que pode jogar a seu favor, motivado pelos progressos que tem tido e manifesta-se «ansioso» por voltar a competir, «preparado para conquistar a camisola amarela».

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O esloveno discorda de Vingegaard quando este afirma que os Alpes lhe são mais favoráveis, porque diz que tem «melhorado em ascensões longas» e sofre «menos com o calor» que está previsto. Pogacar garante estar «preparado para responder a todos os ataques e estratégias» contrárias.

De resto, o líder da UAE Emirates crê que pode «beneficiar taticamente» de ter um companheiro de formação bem posicionado na geral, o britânico Adam Yates, sexto e a 4.44 minutos de Vingegaard. «Adam está em ótima forma e podemos tirar proveito da sua situação nos próximos dias».

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Imagens: UAE Emirates e Jumbo-Visma Twitter

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