Para assinalar devidamente a entrada no mundo das bicicletas de gravel, neste caso das e-gravel, a Mondraker reuniu na sua sede/fábrica de Alicante, em Espanha, um grande conjunto de jornalistas de toda a Europa. O GoRide teve a sorte de fazer parte desse grupo de privilegiados, pelo que tivemos a entusiasmante oportunidade de dar as primeiras pedaladas na nova Mondraker Dusty, mais concretamente na versão XR.

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Agradecemos aos responsáveis da marca espanhola pelos dias bem passados nos seus headquarters (já tínhamos estado antes na fábrica da Mondraker, mas amanhã mostramos por aqui mais umas belas imagens de tudo o que se passa lá dentro…), e também pelo teste rápido que pudemos fazer à bicicleta.

E que bicicleta! Por um lado, a Mondraker Dusty consegue entusiasmar qualquer praticante de gravel; por outro lado, conquista facilmente o melhor dos fãs de BTTs elétricas. Não é uma e-gravel barata, isso é certo, mas em termos de comportamento nos trilhos, nas estradas de terra batida mais “abertas”, surpreende pela positiva. Porque é um pouco diferente…

Quadro novinho em folha

A primeira sensação que temos é que esta é uma bicicleta que é um meio termo entre gravel e XC. As diferenças de que falamos contribuem para que tenhamos esse feeling: o quadro em carbono tem clearance para pneus mais largos (de até 47 mm, sendo que nesta versão XR traz mesmo uns de 45 mm) e revela-se uma estrutura muito rígida e “suave” ao mesmo tempo. Com muito ADN Mondraker!

As rodas também em carbono amortecem muito o que vem do terreno, bastante largas (acompanhando os pneus…), e depois há aqui um elemento que faz a diferença: a suspensão frontal RockShox Judy de 40 mm, algo que é sempre bem-vindo numa gravel, certo?

Mas atenção que falamos da versão topo de gama Mondraker Dusty XR, pois nas versões mais abaixo na gama contamos apenas com uma forqueta em carbono (sem suspensão) e com conjuntos de material mais limitados.

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O que vem de série, contudo, é o espigão telescópico, o que é fantástico; neste caso, um RockShox Reverb AXS com curso de 75 mm. Uma nota interessante: este dropper é acionado quando pressionamos os dois manípulos do desviador em simultâneo, sem fios!

XR bem equipada e… cara!

Nesta XR, naturalmente, a transmissão é sem fios e eletrónica, cortesia de um conjunto Sram AXS, o Force eTap 12x com cassete 10-52t e prato 40t no pedaleiro. Escolha acertada de relações e que vemos em muitas das gravel monoprato presentes no mercado neste momento.

Na travagem, o kit Sram Force eTAP AXS segura bem a Dusty XR, com discos de 160 mm a ajudar. Aliás, em relação ao comportamento a descer, na verdade podemos largar os travões sem receios: a bicicleta revela-se rápida e aguenta-se bem na maior parte das descidas mais técnicas, até. Não a poupámos!

A subir, como se trata de uma e-gravel, no que toca a performance temos de falar na motorização elétrica. Este motor Mahle X20 porta-se muito bem, silencioso e com uma característica muito valiosa: quando o motor deixa de auxiliar (quando excedemos os 25 km/hora), não sentimos a bicicleta a “travar“. Isto dá-nos aquele feeling de bicicleta analógica de que todos gostamos!

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Os três modos de assistência não fogem ao que conhecemos de outras gravel, na verdade, aí não há surpresas. O que surpreende um pouco é o facto de o motor estar integrado no eixo da roda traseira, o que não interfere com nada no funcionamento da bicicleta. Os comandos do motor ficam no guiador, um de lada lado, e o ecrã ao centro dá-nos a informação básica.

Quando à bateria, está intregrada no quadro e parece convencer. Contudo, numa volta deste tipo não nos é possível concluir seja o que for em termos de autonomia. Este ponto ficará para o teste completo daqui a umas semanas.

O que é certo é que é possível comprar em separado um range extender que é mais ou menos equivalente a 50% da bateria original em termos de capacidade e é instalado na grade do bidão.

E gostámos também das bolsas e acessórios de viagem resultantes da colaboração Mondraker x Apidura, que também tivemos oportunidade de levar nas nossas voltas de teste com a Dusty XR nos arredores de Alicante.

Em suma: basicamente, neste primeiro impacto e após os primeiros kms, rapidamente pensamos: “isto é uma Mondraker!”. A marca “fugiu” da sua zona de confronto, desenvolveu uma bicicleta nova, de raiz, e talvez esteja a ajudar a criar um novo segmento de gravel um pouco mais radical.

Especificações da Mondraker Dusty XR:

Quadro: fibra de carbono Stealth Air Carbon // Suspensão frontal: RockShox Rudy Ultimate 40 mm // Manípulo transmissão: Sram Force eTap AXS 12x // Transmissão: Sram Force eTAP AXS 12x // Pedaleiro: Sram Force 1 Carbon 172,5 mm 40t // Cassete: Sram XG-1275, 10-52t // Travões: Sram Force eTAP AXS (discos de 160 mm) // Rodas: Mavic Allroad Pro Carbon SL Disc // Pneus: Maxxis Rambler 700 x 45 mm Exo Protection // Guiador: OnOff Barium Gravel // Avanço: OnOff e-gravel 6061 T6 Alloy 80 mm // Espigão telescópico: RockShox Reverb AXS 75 mm // Selim: Fizik Terra Argo X7 150 mm // Motor: Mahle X20 55 Nm // Bateria: Mahle X20 IX 350 Wh // Display: Pulsar One Wireless // Preço: 9.999 euros // Peso: 13,8 kg

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Prototype

Site oficial:

Todas as fotos (clica/toca para aumentar):

Pormenores (clica/toca para aumentar)

Neste hands-on:

  • Texto: Rodrigo Vicente e Jorge D. Lopes
  • Vídeos e fotos: Rodrigo Vicente e Mondraker
  • Rider nas imagens: Rodrigo Vicente

Na apresentação oficial da Mondraker Dusty, na sede da marca, em Alicante, Espanha.

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