Alexander Kristoff é o primeiro vencedor de etapa e por inerência o primeiro camisola amarela da Volta ao Algarve 2023, após ganhar ao sprint em pelotão compacto em Lagos. O norueguês, que há três dias foi quarto classificado na Clássica de Almeria, em Espanha, também conquistou o primeiro triunfo com as cores da equipa Uno-X.

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O vencedor da Milão-San Remo em 2014, do Tour de Flandres em 2015 e da Gent-Welvegem em 2019, bateu sobre a linha de meta o belga Jordi Meeus (BORA-hansgrohe), que foi segundo na jornada nesta inaugural da ‘Algarvia’, enquanto o norueguês Soren Waerenskjold, companheiro de equipa de Kristoff na Uno-X e lançador do nórdico ficou no terceiro lugar.

Vencedor três vezes em Lagos (2019, 2020 e 2022), mas sem conseguir desenvolver a sua potência na reta final, o neerlandês Fabio Jakobsen (Soudal Quick-Step) foi ‘apenas’ quarto. Em contraponto, envolvendo-se no sprint, o insuspeito britânico Tom Pidcock (INEOS Grenadiers) completou o top 5.

Alexander Kristoff lidera a classificação geral com 4 segundos de vantagem sobre Meeus e com 6 segundos sobre Søren Wærenskjold, fruto das bonificações na meta final.

Numa etapa talhada para um final em pelotão massivo, também seria inevitável uma longa fuga condenada ao insucesso. Esta foi constituída pelos portugueses António Ferreira (Kelly/Simoldes/UDO) e Rafael Lourenço (APHotels Resorts-Tavira), o espanhol Sergio Garcia (Glassdrive Q8 Anicolor), o russo Aleksandr Grigorev (Efapel) e o dinamarquês Alexander Kamp (Tudor).

Os quilómetros, e foram muitos (200,2), foram desgastando o grupo de fugitivos, que passou a apenas dois elementos à entrada dos últimos 20 km, Kamp e Grigorev. Apenas por resistirem…

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Liderado pelas equipas dos velocistas Fabio Jakobsen e Jordi Meeus, o pelotão anulou a fuga (ou o que restava…) a 12 km da meta, confirmando praticamente a chegada habitual em sprint nas ruas de Lagos. Então, otimamente conduzido por Soren Waerenskjold, Alexander Kristoff mostrou-se o mais poderoso na reta final e foi o primeiro a erguer os braços no Algarve.

“Foi fantástico. Fiz esta chegada duas vezes antes, mas hoje é a primeira vez que venço em Portugal. É sempre um alívio começar a época a vencer, a pressão desce um pouco. O Søren Wærenskjold fez-me um excelente lançamento na chegada. Ele estava muito forte, mas cabia-me tirar proveito da sua força para me posicionar melhor e lançar o meu sprint. Fizemos um excelente trabalho, mas ainda estamos a aperfeiçoar. Vencer foi uma sensação indescritível. Conheço a chegada a Tavira, ligeiramente a subir, que talvez seja mais ao jeito do Søren Wærenskjold”, afirmou Alexander Kristoff.

A segunda etapa, na quinta-feira, terá 186,3 quilómetros, ligando Sagres à Foia. A meta coincide com uma contagem de montanha de 1.ª categoria e é antecedida pela subida da Picota (2.ª categoria), a 15 quilómetros da meta. Será a primeira grande seleção no pelotão e braço de ferro entre candidatos à geral.

Classificações:

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Imagens: FPC

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