Adeptos, fãs, comentadores, jornalistas ou meros observadores, nenhuns podem pedir ou muito menos desconfiar e criticar Pogacar por querer vencer. Nem o campeão esloveno, nem algum outro atleta de alta competição.

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Estranha-se que o camisola rosa – porque é do Giro que se fala mas Pogacar não é insaciável só na Volta a Itália, não é vício novo no líder da UAE Emirates – não se contenha, que após cinco vitórias na mesma edição de uma grande volta queira continuar a ganhar. É pago, e bem, para o conseguir. É admirado por consegui-lo. Não é para refrear o ímpeto e fazer apenas o q.b.

De resto, do ponto de vista do adepto e do comentador de ciclismo, é um contrassenso querer que Pogacar se limite a ficar nas rodas. Deveria limitar-se a tal, se não pudesse fazer mais… Mas pode. Pode ganhar… quase sempre. E porque não?

A única incongruência pode ser a do seu discurso nos dias de descanso com o que depois leva à prática na estrada. Afirma que vai poupar-se, correr de maneira mais económica, a pensar no Tour – são palavras dele – e depois só quer é carregar nos crenques.

De qualquer modo, na 17.ª etapa, esta quarta-feira, a sua aceleração nos últimos 1,5 quilómetros não é causadora de desgaste que passe fatura mais tarde, no caso, na Volta a França. A fadiga, se Pogacar a acusar no Tour, vem das três semanas, da carga, o volume e a intensidade, da competição. E essa ninguém lhe tira.

É verdade que, se tivesse concorrência à altura, estaria submetido a maior desgaste, incluindo mental, mas o que Pogacar já correu neste Giro é incontornável a acumulação de fadiga. Mas estamos perante um atleta à parte, na sua modalidade como poucos, e poderá recuperar e apresentar-se em condições de lutar pela reconquista do Tour.

E nem sequer se precisa de poupar a ataques como o do final desta etapa em Passo Brocon.

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Créditos da imagem: UAE Emirates Twitter – https://x.com/TeamEmiratesUAE/status/1793337336333287755/photo/2

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