A bolsa de cintura CamelBak Podium Flow 4 que tivemos o prazer de experimentar e que aqui apresentamos é uma das mais recentes novidades da marca, apesar de não ser a única que aqui vamos trazer.

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Estamos a testar também a mochila de hidratação CamelBak MULE Evo, cujos “segredos” aqui deixaremos muito em breve. Enquanto isso não acontece, o destaque neste artigo de hands-on vai todo para este acessório, uma bolsa de cintura, algo que tem ganho popularidade recentemente entre os praticantes de BTT um pouco mais “agressivo”, por assim dizer, desde o trail ao enduro mais “exigente”.

E podemos desde já salientar que este é um tipo de equipamento de transporte de material, itens pessoais e hidratação de que não somos fãs confessos. Ou talvez se deva dizer que não o éramos… Porque as impressões que temos desta Podium Flow 4 da CamelBak acabam por ser bastante positias e uma grande surpresa no que toca ao seu sentido prático.

CamelBak Podium Flow 4: características

Um dos pontos que primeiro nos cativou as atenções nesta bolsa de cintura foi o seu look aprumado e que antevê elevada resistência e robustez.

Esta Camelbak Podium Flow 4, neste caso na versão em tons mais escuros, transpira qualidade, até como já vem sendo habitual nos produtos desta marca há vários anos.

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Mas esta sensação de qualidade não significa que se trata de um acessório “duro de rins”, passamos a expressão. Pelo contrário. É um item muito agradável ao toque,, muito maleável devido à sua construção e conceção.

E isto faz com que se ajuste bastante bem ao corpo do utilizador, algo que é especialmente importante numa bolsa de cintura, já que a zona das costas onde segue connosco pode ser um pouco “traiçoeira”, passamos a expressão. Esta constatação está diretamente relacionada com o conceito de design de “mapeamento corporal” que a Camelbak afirma ter usado ao desenhar e projetar este produto.

Quanto à funcionalidade, digamos por um lado que o design em si está bem pensado, com duas grandes bolsas laterais, que oferecem um total de quatro litros de capacidade.

No interior destas estão depois diferentes compartimentos, que permitem separar os elementos e objetos que desejemos aí transportar e guardar. E há ainda outras duas bolsas mais pequenas no exterior, que podem ser ideais para levarmos o smartphone ou a carteira, por exemplo.

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Na parte exterior e mais inferior existe ainda uma espécie de coldre, ou elástico de fixação, que se destina ao transporte da bomba de ar. Para um modelo que seja grande demais para caber num dos compartimentos. Ainda assim não convém que seja volumoso em demasia…

Já na parte central existe um espaço pensado especialmente para transportarmos um bidon de hidratação, algo que vem de série no pack. É o modelo Camelbak Dirt Series e dá para 620 ml.

Com um design típico da marca, apesar de normal, e com um sistema bem conseguido para fechar a passagem da água perante os solavancos do costume. O bocal fornece água por sucção ou por aperto, de forma convencional. Um modelo bastante eficaz e prático.

Regressando ao tema do ajuste ao corpo, já referimos que o painel traseiro é fabricado com recurso a um conceito de mapeamento corporal pensado pela marca.

Na verdade, digamos que este é um conceito que resulta, pois permite uma boa adaptação da bolsa à zona dos rins. Em especial por causa do Air Support, que é uma espécie de canal para criação de um fluxo de ar entre as costas e a bolsa. O objetivo é que aquela zona do corpo não aqueça mais do que é desejável, tal como acontece com uma boa mochila de hidratação. Funciona.

Além disso, mencione-se o fecho através de um sistema de clip de grandes dimensões, que facilita bastante o manuseio. Os ajustes são efetuados através de duas cintas que são bastante fáceis de manusear mesmo com as luvas calçadas.

Em movimento…

Como referimos no início deste artigo, no passado já tivemos algumas experiências menos positivos com este tipo de acessórios. E principalmente porque a bolsa teimava em sair do sítio facilmente e em todos os momentos em que o terreno se tornava mais exigente.

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Não ficámos com esta impressão desta Camelbak Podium Flow 4, contudo. Desde o momento em que a prendemos à nossa zona lombar ficámos com uma boa sensação de conforto. O ajuste perfeito foi uma constante durante todos os kms que fizemos com a bolsa, sendo que, como seria de esperar, a ajustámos apenas em algumas paragens que fomos fazendo. Mas nem isso teria sido preciso fazer…

Os materiais relativamente suaves e a parte de trás acolchoada fazem com que não sintamos qualquer incómodo mesmo que apareçam alguns solavancos no trilho. Por outro lado, se ajustarmos bem as cintas existentes de cada lado, as possibilidades de que a bolsa vá girando com o andamento são inexistentes.

No fundo, quem não está habituado ao uso deste tipo de acessórios no início irá sentir uma certa “estranheza”… Mas acabamos por nos habituar. É claro que se levarmos a capacidade de carga no máximo (e um bidon cheio) o peso será considerável e poderá ser preciso dividir os vários itens devidamente pelas diferentes bolsas. Isto porque aqui, ao contrário do que sucede com uma mochila, o peso fica concentrado todo ao fundo das costas. É diferente.

Com o bidon vazio, esta bolsa pesa 310 gramas. Mas depois adicionámos “carga”: uma ferramenta multiusos, uma bomba, um descravador de corrente, um pacote de lenços de papel, uma barra energética, uma pequena capa para a chuva, a carteira e o smartphone. E água no bidon, claro. O peso total ficou em cerca de 1,7 kgs.

Quanto à tecnologia Air Support de que já falámos também, há efetivamente algo a ressalvar: ainda nao andámos com a Camelbak Podium Flow 4 em condições climatéricas de “puro verão”. Para já notamos que a bolsa não provoca um calor excessivo (e em consequência, suor) na zona dos rins onde fica instalada, mas ficamos curiosos com a performance assim que o tempo aquecer a sério.

Por fim, uma nota “especial”: este não é um acessório impermeável; contudo, numa volta com chuva pelo “meio” notou-se uma boa resistência perante a chuva fina e os salpicos, por exemplo, não se tendo registado entrada de água nestas circunstâncias. Mas se deixarmos cair a bolsa numa poça de água certamente o “desfecho” será outro. Fica o “aviso”.

Características da CamelBak Podium Flow 4:

  • Bidon incluído: CamelBak Podium Dirt Series de 620 ml
  • Painel traseiro Air Support com tecnologia de mapeamento corporal
  • Compartimentos com fecho
  • Epaço de organização de ferramentas integrado
  • Compartimento/suporte exterior para bomba
  • Com elementos refletores
  • Peso: 310 gramas (pesado por nós com o bidon vazio)
  • Garantia vitalícia
  • Preço: 59 euros

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