Remco Evenepoel falou pela primeira vez sobre a sua participação no Giro, neste regresso à competição sem ter… competido. Na conferência de imprensa no dia de descanso da prova italiana esta terça-feira, belga falou demoradamente com os jornalistas, começando por destacar algo que considera definidor do seu sentimento após a primeira semana da corrida.

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“Recentemente surgiu um pequeno lembrete no meu telemóvel que me fez saber que há ainda três meses não podia treinar na estrada, só nos rolos, e que cumpria um programa de recuperação muscular no ginásio”.

“Quando estou a competir, não penso muito nisso, mas quando me sento e descanso no autocarro da equipa, penso ‘uau, este é a minha primeira grande volta’. É uma loucura poder estar ao nível dos melhores do Giro após três meses de treino e seis ou sete meses… de nada. É incrível o que estou a fazer”, destacou o corredor da Deceuninck-QuickStep.

Dez dias depois do início do Giro, Evenepoel está atualmente em segundo lugar geral, a 14 segundos do líder da corrida Egan Bernal (Ineos Grenadiers). “Se calhar, na próxima semana eu já esteja em décimo”, ressalvou o jovem ciclista. “Por enquanto, tudo está a correr bem, mas depois de nove meses sem correr, não posso prever como vou irei sentir daqui para a frente”.

Duelo com Bernal

Embora Egan Bernal tenha sido o mais forte nas subidas na primeira semana do Giro, Evenepoel poderá ter a seu favor o único contrarrelógio do Giro, em Turim, no último dia.

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“Para mim, seria sido melhor se o contrarrelógio estivesse a meio do Giro, como no ano passado. Mas teremos um esforço máximo individual em 30 quilómetros ou 40 minutos no último dia e isso pode ser decisivo”.

“Para mim, o mais importante é não perder muito tempo, cada segundo que consigo ganhar é um segundo a menos, e é por isso é que vou à procura das bonificações”, comentou Evenepoel. “Os 10 primeiros que estão a um minuto ou menos da liderança, todos nós ainda não perdemos nem ganhámos nada. É sempre bom estar mais perto do líder, mas todos sabem que a vitória final não vai ser decidido em segundos, mas em minutos”, considerou.

A etapa de amanhã no ‘sterrato’

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O contrarrelógio e as montanhas serão decisivos, segundo Evenepoel, mas o belga não descarta a etapa de amanhã, na terra batida da Strade Bianche, embora desconheça como é correr no ‘sterrato’. “Perguntei esta manhã se poderíamos fazer uma secção de treino nessa parte do percurso, mas os nossos mecânicos estiveram muito de acordo, pois terão muito trabalho amanhã à noite, depois da etapa, por isso darei apenas uma pequena volta”.

“O tempo amanhã [quarta-feira] pode estar bastante quente, pode haver muita poeira. Será possível ganhar tempo, mas é fácil perder tempo. Não tenho certeza se haverá grandes diferenças, mas estou à espera de uma grande batalha”.

“Para já, estou feliz por estar em segundo lugar atrás do vencedor do Tour de França [de 2019], depois de uma semana na minha primeira grande volta. É como um sonho. Estou muito feliz, por mim e por nós [Deceuninck-QuickStep]”, concluiu Remco Evenepoel.

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