Espanhol da Rádio Popular-Paredes-Boavista fala em "decisão muito complicada". Porém, Alberto Gallego considera que "chegou o momento de enveredar por outros caminhos".

Alberto Gallego, ciclista da Rádio Popular-Paredes-Boavista, colocou um ponto final na carreira. “Adeus a uma etapa da minha vida”, escreveu nas redes sociais, referindo que não foi uma decisão fácil.

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“Muitas ilusões, alegrias e momentos duros e difíceis”, lê-se no post do espanhol de 32 anos. “Decisão muito complicada, mas chegou o momento de enveredar por outros caminhos após uma vida dedicada ao ciclismo”, acrescentou.

Gallego acabou por fazer a sua carreira profissional na estrutura de José Santos, com uma suspensão por doping a “travar” o seu salto para a Caja Rural em 2016. Logo no início do ano, foi suspenso ao dar positivo por estanozolol. Gallego sempre defendeu ter sido vítima de contaminação.

Quando a suspensão terminou, regressou à equipa portuguesa que havia representado em 2014 e 2015. O diretor desportivo reiterou a confiança em Gallego e este retribuiu da melhor forma. Na sua primeira corrida, a Prova de Abertura Região de Aveiro (2020), venceu.

Nestas três temporadas fez praticamente sempre parte da equipa nas principais provas, sendo um ciclista com liberdade para procurar vitórias, além de trabalhar em prol de um líder, quando era chamado a essa função.

“Para trás ficaram vivências únicas e irrepetíveis, plenas de aprendizagem. Aos 11 anos comecei na bicicleta como um jogo e foi tornando-se na minha vida até ser minha profissão, conhecendo lugares e principalmente pessoas incríveis que me empurraram nos momentos bons e não tão bons e, que hoje em dia posso contar com elas”, escreveu.

“Claro que em todo este caminho os meus pais foram os protagonistas sombra. Despeço-me da competição, da dedicação absoluta, mas quero mais do que nunca poder continuar a desfrutar da bicicleta e de tudo o que rodeia este desporto, para mim o melhor”, afirmou.

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Gallego é o segundo ciclista da Rádio Popular-Paredes-Boavista a terminar a carreira, seguindo o exemplo do português Tiago Machado. Já César Martingil irá para mudar de estrutura, enquanto César Fonte é um regresso anunciado em 2023.

Fotografias: Elisabete Silva/GoRide

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