O penúltimo dia de competição da Volta a Espanha 2023 antevia-se perigoso para alguns homens do top-10, mas, ainda assim, os candidatos à geral rodaram de forma contida. Este cenário levou a que a numerosa fuga triunfasse, com Wout Poels (Bahrain Victorious) a bater Remco Evenepoel, com a sua vasta experiência, sobre a linha de meta.

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Esta vigésima etapa era também a mais longa da Vuelta 2023, com um traçado que percorria a Sierra de Guadarrama e perfazia quase 210 kms de extensão. Os 4.000 mil metros de desnível também permitiam imaginar que esta etapa fosse animada…

Contudo, dá-se uma numerosa fuga com 30 ciclistas e praticamente representação de todas as equipas. Foi na primeira dificuldade do dia, o Collado del Portazgo, com Marc Soler (UAE Emirates) a ser dos primeiros a arrancar para a frente da corrida.

Seguem com o espanhol da Emirates vários ciclistas que já deram cartas nesta Volta a Espanha, como é o caso de Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), Wout Poels, Lennard Kämna (Bora-Hansgrohe), Andreas Kron (Lotto Dstny), Hugh Carthy (EF Education-EasyPost), Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty) e Romain Bardet (DSM-Firmenich).

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Dado o grupo numeroso, a qualidade dos ciclistas e a falta de ameaças para a geral, o lote de fugitivos rapidamente chegou à marca dos seis minutos, que mais adiante chegariam mesmo a ser mais de dez. No pelotão, a Jumbo-Visma controlava calmamente.

Mas no seio do grupo de fugitivos as relações não estavam fáceis, pois com tantos intervenientes os ataques começaram pouco depois… Remco Evenepoel fez uso de três elementos da Soudal Quick-Step para controlar este “mini-pelotão”, de forma a impedir novos ataques.

Com a aproximação à última dificuldade do dia, o Alto de San Lorenzo de El Escorial, uma subida em empedrado e com pendentes “aguçadas”, é Wout Poels quem ataca vindo de trás do grupo, despedaçando por completo o mesmo.

Apesar do enorme esforço do neerlandês, este não descarta por completo a concorrência, pelo que na descida final seguem consigo Evenepoel, Marc Soler, Lennert Van Eetvelt (Lotto Dstny) e Pelayo Sanchez (Burgos-BH).

A aproximação à meta faz-se rápida, mas Poels fez o trabalho de casa e, à semelhança do seu primeiro ataque, o ciclista ataca de trás para a frente e apanha o grupo desprevenido a meio da curva final.

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Wout Poels abre um espaço que, apesar do grande esforço de Reemco, não o consegue fechar, o que deu a vitória para o homem da Bahrain Victorious. Nota para o português Rui Costa, que fechou o dia no sexto lugar.

No pelotão ainda tivemos alguma ação, embora moderada por um equipa da Jumbo-Visma que mantinha o respeito no grupo, mas que em nada beneficiou nenhum dos homens do top-10.

Após a dura subida Alto de San Lorenzo de El Escorial e na reta em direção à meta, é o próprio João Almeida (UAE Emirates) que encabeça o grupo de forma a manter a ordem e evitar ataques “surpresa” ao seu colega de equipa Juan Ayuso…

Amanhã será o dia de consagração de Sepp Kuss, em Madrid, ciclista que se mantém de camisola vermelha. Jonas Vingegaard é segundo, a 17 segundos, e Primoz Roglic terceiro, a 1m08s.

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Imagens: La Vuelta 

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