Apesar da empolgante vitória do seu companheiro de equipa Jonas Abrahamsen (Uno-X) na 11ª etapa, na quarta-feira, a imagem que será certamente recordada nesta jornada disputada a alta velocidade do início ao fim é, sem dúvida, a queda de Tadej Pogacar (UAE Emirates XRG).

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O campeão do mundo caiu a 4 km da meta depois de colidir com a roda de Tobias Johannessen (Uno-X). Após a chegada, o norueguês pediu desculpa ao esloveno e lamentou os insultos que ouviu após o acidente…

“Pensei que todo o grupo se ia mover para a direita e vi que ele [Pogacar] estava a falar no rádio, por isso não sei se apenas bateu na minha roda traseira, mas falei com ele e disse-me que foi apenas um incidente de corrida, mas que espero realmente que ele esteja bem”, coemçou por declarar o nórdico, ainda abalado com o sucedido.

“Logo depois de Pogacar cair, parámos para esperá-lo. Espero que ele esteja bem, ninguém quer que ele caia. Não creio que tenha sido culpa minha; não tive intenção, estava apenas a acompanhar o movimento do grupo. Todos, quando vimos que era ele, pararam, e acho que não quermos que o Tour acabe porque alguém caiu”, reforçou Johannessen.

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Mas o norueguês também está assustado por outros motivos, como explicou na sua conta no X após a chegada: “Obviamente que gostaria de o fazer de novo e de forma diferente, mas não posso. É doloroso, mas não desejo a ninguém a quantidade de ameaças que estou a receber. Peço desculpa, mas também estou aterrorizado com o ódio de todas estas pessoas. É assustador.”

O caso de Johannessen não é infelizmente isolado, uma vez que Bryan Coquard (Cofidis), que esteve envolvido no acidente de Jasper Philipsen (Alpecin-Deceuninck) alguns dias antes, também recebeu uma onda de mensagens de ódio após o incidente.

Crédito da imagem: LeTour Twitter – https://x.com/LeTour/status/1814722330288910463/photo/1

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