Treinar nos rolos: 6 aspetos a ter em conta para começar!

Com a chegada do outono e do inverno, muitos ciclistas optam por trocar a estrada pelo treino indoor. Treinar nos rolos dentro de casa pode ajudar a manter a consistência, a evitar as adversidades meteorológicas lá fora e a otimizar o tempo disponível que temos para o treino, certo?

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No entanto, quem nunca experimentou esta atividade indoor pode ter algumas dúvidas a nível prático. Pela experiência que temos a treinar nos rolos, deixamos a seguir algumas recomendações e considerações.

O tipo de rolo faz diferença?

Existem três categorias principais: os rolos clássicos, em que a bicicleta assenta sobre cilindros e requer equilíbrio; os rolos de resistência, em que a roda traseira se encaixa num sistema fixo; e os rolos de transmissão direta, em que a bicicleta é montada diretamente sobre a unidade do rolo.

As diferenças podem estar sobretudo no realismo da pedalada, nos níveis de ruído gerado e na eventual facilidade de utilização. A escolha depende tanto do orçamento como do objetivo do treino.

O desgaste do material é maior?

Sim, treinar nos rolos pode acelerar o desgaste da bicicleta, especialmente da roda traseira e do pneu, e ainda mais quando se usam modelos de contacto direto com a roda.

O calor gerado pela fricção provoca abrasão. E alguns utilizadores recorrem, por isso, a pneus específicos para este tipo de treino e/ou a rodas suplentes que têm apenas para esta função.

Já os rolos de transmissão direta reduzem significativamente este problema, mas exigem mais manutenção da corrente e da cassete.

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Como lidar com o calor e a ventilação?

Como já referimos várias vezes aqui no GoRide.pt, um dos maiores desafios a treinar nos rolos é a gestão da temperatura corporal. Ao contrário de andarmos na rua, não há vento a ajudar a arrefecer o corpo.

O uso de ventoinhas, da toalha e uma boa e frequente hidratação frequente são coisas que se tornam indispensáveis para evitar a sobrecarga térmica, à partida.

Pode ser comum perder-se mais líquidos numa hora de treino indoor do que numa saída ao ar livre em condições amenas.

O ruído é um problema?

Depende do tipo de rolo e do espaço. Modelos de transmissão direta tendem a ser mais silenciosos, mas ainda assim o ruído da corrente e da pedalada pode incomodar os vizinhos ou as pessoas que vivem na mesma casa.

Um tapete de borracha sob a bicicletas e os rolos pode ajudar a reduzir vibrações e a proteger o chão do espaço.

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É necessário ajustar o treino?

O treino indoor não replica totalmente as condições que temos ao pedalarmos na rua. Não há vento, nem descidas, nem as pausas que vamos fazendo para descansar, por assim dizer. Isto pode tornar o esforço mais constante e, por vezes, mais intenso.

Por essa razão, há quem recomende que a treinar nos rolos as sessões sejam mais curtas, mas eventualmente um pouco mais estruturadas, talvez até focadas em intervalos específicos.

E há quem diga que os treinos longos indoor só são aconselhados a quem já tem experiência neste tipo de atividade…

E a motivação, como manter?

Estar fechado em casa a pedalar pode tornar o treino monótono. Muitos ciclistas recorrem a plataformas virtuais de ciclismo para “animar” as sessões e terem a companhia de outros utilizadores.

Outros preferem ouvir música ou assistir a filmes ou séries na TV. E em ambos os casos há os que preferem estruturar os treinos em blocos variados, alternando cadências e intensidades para evitar a sensação de repetição.