A sueca Jenny Rissveds é a nova campeã do mundo de XCO em elites. Depois do título de XCC conquistado há dias por Alessandra Keller, esta prova de fundo nos Mundiais de BTT 2025, disputada em Zermatt, Suíça, entregou a camisola arco-íris a uma das mais consistentes e determinadas BTTistas do pelotão atual.

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Rissveds venceu com autoridade uma corrida tática e marcada pela dureza do percurso seco e técnico, com um arranque agressivo e um plano que parece ter sido cumprido à risca…

Jenny Rissveds conquista o ouro no XCO feminino dos Mundiais de BTT 2025

Logo na primeira das sete voltas, Rissveds mostrou ao que vinha. Assumiu a dianteira desde o início, abrindo 13 segundos sobre um grupo perseguidor composto por Alessandra Keller, Samara Maxwell, Evie Richards, Puck Pieterse e Martina Berta. Com o pó a dificultar a visibilidade e a aderência, a sueca tirou partido da sua capacidade técnica para isolar-se.

Na segunda volta, Keller e Maxwell conseguiram reduzir a diferença, colando-se à sueca e formando um trio de luxo na dianteira da corrida, as três primeiras classificadas da geral da Taça do Mundo. Richards e Pieterse também se aproximaram, tornando a luta pelas medalhas ainda mais apertada.

Na terceira volta, nova aceleração de Rissveds causou estragos. Keller sofreu uma queda ligeira, e apenas Maxwell conseguiu manter o ritmo da sueca. Ainda assim, tanto Richards como Pieterse foram persistentes e conseguiram reentrar na frente da corrida.

O verdadeiro momento de viragem deu-se na quarta volta, quando Jenny Rissveds voltou a atacar na subida mais longa. Desta vez, apenas Keller resistiu momentaneamente. A neozelandesa Maxwell, mais regular, voltou a colar-se pouco depois. Pieterse e Richards ficavam cada vez mais afastadas, num cenário de desgaste extremo entre as favoritas.

Na quinta volta, Rissveds lançou o ataque mais contundente da corrida, isolando-se de vez e abrindo mais de dez segundos de vantagem sobre as perseguidoras. Um furo de Pieterse deixou-a fora da luta pelo pódio e Richards subiu provisoriamente ao quarto lugar.

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Na reta final da prova, Maxwell ainda tentou reduzir a diferença, chegando a isolar-se de Keller, mas Rissveds controlou sempre a vantagem. Com uma exibição tática irrepreensível e um ritmo constante, cruzou a meta com uma vantagem confortável para se sagrar, pela primeira vez, campeã mundial de XCO na categoria Elite.

Maxwell garantiu a medalha de prata e Keller terminou em terceiro, fechando uma semana de ouro em casa, depois do título de Short Track.

Top 10 – Mundiais de BTT, XCO Feminino Elite 2025

  1. Jenny Rissveds (Suécia) – 1h21m35s
  2. Samara Maxwell (Nova Zelândia) – a 18s
  3. Alessandra Keller (Suíça) – a 56s
  4. Evie Richards (Reino Unido) – a 1m08s
  5. Savilia Blunk (EUA) – a 1m46s
  6. Puck Pieterse (Países Baixos) – a 2m01s
  7. Martina Berta (Itália) – a 2m21s
  8. Ramona Forchini (Suíça) – a 2m33s
  9. Nina Graf (Alemanha) – a 2m44s
  10. Nicole Koller (Suíça) – a 2m58s

Quanto às atletas portugueses em prova, Raquel Queirós fez um prova bastante boa, terminando a 07m16s da vencedora, firmando um belo 30º lugar. Já Ana Santos, devido a indisposição nos dias mais recentes, não alinhou à partida.


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Crédito das imagens: UCI MTB X.com

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