A Campagnolo, além de conceber e comercializar componentes e produtos para ciclismo, tem o “bom” costume de nos ir contando histórias relacionadas com a marca. Algo não muito difícil para um nome que tanto sucesso tem tido ao longo das décadas, certo? É que a Campagnolo já fabrica componentes desde 1933, tempo mais do que suficiente para “fornecer” alguns dos grandes nomes do ciclismo e da competição…

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Desta vez, a história que a marca conta (e que aqui resumimos/reproduzimos) está mais uma vez relacionada com o ciclismo clássico e com a atenção que muitos amantes das bicicletas lhe dedicam. Figuras que “deixavam tudo” na bicicleta, pura essência de ciclismo…

Eddy Merckx

Em concreto, a Campagnolo destaca nesta estória cinco ciclistas de outros tempos que tiveram o nome da marca associado a eles muito tempo. Com enorme sucesso nas suas carreiras, claro.

Deixamos aqui um pouco de cada uma destas figuras do ciclismo, complementando tudo com dados que também quisemos pesquisar e adicionar. Assim ficas com uma visão mais completa de quem foi: Eddy Merckx, Gino Bartali, Greg Lemond, Miguel Induráin e Mario Cippolini.

Eddy Merckx (1945, Bélgica)

Ser tido como uma forte referência nas comparações com atuais e futuras “estrelas” do ciclismo diz muito sobre este ex-ciclista belga. “Impossível não começar esta história com o maior e mais poderoso ciclista de todos os tempos. O belga é inevitavelmente o corredor que mais triunfos teve em absoluto, com 525 vitórias, entre as quais se encontra o recorde de cinco edições da Tour de France”, podemos ler na reportagem da Campagnolo.

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Merckx também foi o primeiro belga a ganhar o Giro de Itália (em 1968), feito que repetiu outras quatro vezes. E a lista prossegue: sete Milan-San Remo, cinco Lieja, uma Paris-Roubaix, uma volta à Flandres, outra à Lombardia… A lista é extensa, o que faz dele um dos maiores.

“Então, Merckx utilizava vários produtos da gama Campagnolo, como o grupo Nuovo Record, lançado em 1967. O Nuovo Record era um dos grupos de transmissão mais revolucionários do sector, e era mais leve que os anteriores porque era fabricado em alumínio e não em bronze cromado. Devido à sua popularidade, foi fabricado até 1987″, afirma a marca com orgulho.

A retirada de Merckx aconteceu em maio de 1978… No especial GoRide.pt em que listamos vários ilustres do ciclismo (‘Cultura ciclista: nomes próprios do ciclismo) que têm os seus nomes estampados nos quadros das bicicletas figuram as bicicletas de Merckx.

Gino Bartali (1914-2000, Itália)

“O italiano teve a honra de ser o primeiro ciclista a ganhar o Tour de França utilizando um grupo Campagnolo. Decorria o ano de 1948. Foi o seu segundo triunfo no Tour, exatamente dez anos depois do primeiro”, refere a Campagnolo nas suas informações.

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Bartali foi ciclista profissional entre 1935 e 1954, anos em que conseguiu 91 vitórias: foi duas vezes vencedor do Tour de França (1938 e 1948) e três vezes do Giro de Itália (1936, 1937 e 1946).

“Bartali deixou de correr por altura da segunda Guerra Mundial, época em que trabalhou para a resistência italianano no transporte de documentos (algo que se ficou a saber apenas em 2010). Também se descobriu então que o ciclista escondeu uma família judia na sua cave, um gesto que salvou vidas; segundo um dos sobreviventes”.

Em qualquer livro sobre a história do ciclismo é mencionada a rivalidade entre Bartali e Fausto Coppi, algo que não lhes impediu de terem uma grande amizade… “Coppi, mais jovem que ele, tirou o título ao seu compatriota quando ganhou a Tour de France de 1952 com o grupo Gran Sport de Campagnolo”.

Greg LeMond (1961, Estados Unidos)

LeMond saltou para a fama em 1986 quando ganhou o seu primeiro Tour de França, tornando-se o primeiro norte-americano a realizar tal feito… “Ganhou três edições do Tour de França e poderia ter ganho mais não tivesse tido um acidente durante uma sessão de caça, ‘peripécia’ que quase lhe tirou a vida em 1987”, refere a Campagnolo nos seus registos.

O facto de Lance Amstrong e Floyd Landis terem visto as suas vitórias nos Tours serem retiradas faz com que LeMond continue a ser o único norte-americano a ter conseguido vencer um Tour.

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“Em 1990, quando competia para a sua nova equipa Z-Tomasso, o norte-americano ganhou o seu 3º e último Tour utilizando um conjunto de transmissão Campagnolo Record. A Z-Tomasso nesse ano ganhou também a classificação por equipas”.

Ainda que LeMond, como tantos outros, esteja sempre associado ao Tour, este corredor também venceu o Campeonato do Mundo duas vezes: em 1983 e em 1989. Também se lançou no fabrico de bicicletas, com a marca própria LeMond, ainda que o projeto tenha terminado em 2008.

Miguel Induráin (1964, Espanha)

Não podemos dizer muito que não se saiba já sobre o espanhol que mais rondas gaulesas conseguiu: Induráin conquistou cinco Tours consecutivos (1991 a 1995), o que lhe permitiu igualar o recorde de Eddy Merckx… “O ciclista ganhou a alcunha de Big Mig devido ao seu tamanho: com 76 kg em 186 cm, não era de certeza o favorito para ganhar uma Vuelta”, dizem.

Mas, ainda que Induráin também seja sempre lembrado pelo “feito francês”, não nos podemos esquecer que venceu o Giro de Itália duas vezes (1992 e 1993) e que foi campeão do mundo de contrarrelógio (1995), campeão olímpico de contrarrelógio (1996) e recordista de horas (1994) durante dois meses.

“Induráin, famoso pela sua frequência cardíaca em repouso de apenas 28 bpm, utilizou o contrarrelógio como um ‘ás na manga’ para vencer o Tour”, recorda-nos a Campagnolo. Nos anos 90, Induráin venceu utilizando o já então icónico grupo de transmissão Campagnolo Record.

Em fevereiro de 1997, Miguel Induráin emitiu um comunicado de imprensa que nos deixou “congelados”: anunciava a sua retirada do ciclismo profissional.

Mario Cipollini (1967, Itália)

Mario desenvolveu a sua carreira profissional entre 1989 e 2005, conquistando mais de 170 vitórias como profissional, sendo assim um dos ciclistas com maior número de vitórias no palmarés, algo que as suas habilidades de velocista lhe permitiram.

“Mas Cipollini distinguiu-se efetivamente no Giro de Itália, vencendo 42 vezes e conquistando o título da classificação de sprint três vezes, entre 1992 e 2002”. Este é um dos factos que podemos ler nesta história da Campagnolo.

“Cipollini tornou-se famoso pela audácia dos seus conjuntos, entre eles o famoso Human Muscle. Recebeu uma sanção por levar este conjunto insólito, que mesmo assim foi vendido num leilão de caridade por 43.710 dólares (quase cem vezes o custo da multa)”, comenta o fabricante de componentes. E aos seus êxitos desportivos temos de somar o mediatismo que Mario teve pelos equipamentos “chamativos” que usava, e em especial nas etapas de contrarrelógio do Tour e do Giro.

Mario foi outro dos que se juntou ao “movimento” do fabrico de bicicletas com nome próprio: Cipollini Bikes é uma marca com elevado componente de exclusividade e que eleva claramente este nome tão ilustre do ciclismo…

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Imagens: Campagnolo

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