Na história do ciclismo houve um número tão grandes de pessoas e personalidades relevantes que seriam necessárias muitas linhas aqui no GoRide.pt para dar lugar a todos os nomes… Mas os nomes próprios do ciclismo, aqueles que ainda hoje figuram até nos quadros de algumas marcas de bicicletas, esses, são muito poucos!

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E é neles que nos centramos neste artigo de “história”. Nos nomes das pessoas que deixaram a sua marca no design, engenharia e fabrico de bicicletas, mentes que deram origem a ideias revolucionárias nesta área e, consequentemente, no ciclismo.

Ainda assim são bastantes, não conseguiríamos nunca identificá-los a todos, mas deixamos aqui uma lista de sete muito relevantes, e com base num critério: o nome de cada um destes ilustres históricos surge no que criaram. Deixamos também um pouco da sua história, pois apostamos que não os conheces a todos… Estão por ordem alfabética.

Bianchi (desde 1885)

A marca de bicicletas mais antiga da história foi criada por Edoardo Bianchi que, com 20 anos e numa pequena oficina em Vía Nirone (Milão), começou a fazer reparações a diversos aparelhos, entre eles as bicicletas.

Em pouco tempo acabou por especializar-se nas duas rodas, tanto que já em 1899 uma das suas bicicletas ganhou a sua primeira vitória internacional sobre a linha no Gran Premio de Paris com Gian Fernando Tommaselli.

Uma de tantas vitórias das bicicletas de Edoardo Bianchi.

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Columbus (desde 1919)

Foi o italiano Angelo Luigi Colombo que criou esta mítica marca de perfis de aço para quadros e começou a fornecê-los na altura a outros ilustres como Edoardo Bianchi, Umberto Dei, Atala, Giovanni Maino… A Columbus teve na série Max um alto impacto com a característica peculiar mostrada pelo tubo ovular ou elíptico, que tinha um alto grau de rigidez.

Atualmente, os seus perfis caracterizam-se por se basearem em tubos com até tripla conificação e ligas com vários componentes (manganês, cromo, níquel e nióbio), além de uma alta resistência e baixo peso. Hoje a Columbus fabrica também perfis de alumínio e fibra de carbono.

Perfis XCR em aço da Columbus.

Dave Weagle

Da mente deste norte-americano nasceu um dos sistemas de suspensão flutuante mais conhecido das bicicletas…O DW-Link representou um salto qualitativo dos sistemas de amortecimento na altura por apresentar um basculante flutuante.

A sua fiabilidade era de tal ordem que chegou aos nossos dias apenas com pequenas modificações. Várias marcas utilizaram este sistema, tendo surgindo ao longo do tempo diferentes versões e até fabricantes que tiveram problemas legais com Dave.

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Mas a questão não era apenas as suas iniciais estarem carimbadas para toda a vida no seu sistema mais famoso… Foi também ser o criador de outros produtos já também icónicos como os das marcas Evil Bikes, E*thirteen Components e Trust… Aliás, o Split da BH é outra das “obras primas” deste designer.

A Ibis é uma das marcas que utilizam o sistema de amortecimento DW-Link.

Eddy Merckx (desde 1980)

As bicicletas deste ex-corredor belga são já clássicas no ciclismo de estrada (e já há muito tempo no gravel). É que Eddy, nascido em 1945), é um dos “maiores” do ciclismo: 11 vitórias em grandes Tours, a primeira Triple Corona da história e o único que ganhou os 5 cinco Monumentos em duas ou mais ocasiões.

As suas bicicletas destacam-se pelo forte ADN competitivo, mas sem abandonarem um estilo clássico, com quadros em carbono. Existem contudo alguns em aço, material que foi utilizado no começo da marca (e até com perfis fornecidos pela Columbus).

Eddy Merckx criou a sua marca de bicicletas em 1980.

Horst Leitner (1942)

Este austríaco e engenheiro aficionado pelo automobilismo e profissional do motociclismo (foi piloto de motocrosse) emigrou para os Estados Unidos nos anos 80 e lá começou uma carreira relacionada com o ciclismo…

A sua paixão (e conhecimento) era tal que, fruto dela, desenvolveu o sistema de suspensão Horst-Link, que chegou mesmo aos nossos dias. Recordando, trata-se de um sistema de suspensão que utiliza pivots ao fundo das escoras. A Specialized assumiu a patente, na altura…

Pivot em escora de desenho Horst-Link.

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Reynolds (desde 1898)

Fabricantes com tradição, os ingleses Reynolds (dois irmãos que herdaram a fábrica de seu pai) marcaram o ano de 1935 com a sua série 531. Desde então são um clássico do aço. Mas mais destacável foi que em 1902 patentearam os tubos cónicos…

Como características mais destacáveis: estes são tubos ligeiros, resistentes e com grande facilidade de manipulação. A série 700 introduziu um estriado característico interior para dar aos tubos mais rigidez e, já nos anos 90, com a série 853, introduziram-se os tratamento térmicos, o que trouxe taxas de resistência/peso semelhantes ao titânio. Atualmente também fabricam perfis de alumínio titânio e magnésio.

O perfil 953 da Reynolds é um dos mais populares.

Ritchey (desde 1974)

Mais de 40 anos de experiência são garantidos à marca de Tom Ritchey, que durante algum tempo se dedicou à produção de componentes como quadros, guiadores, espigões, avanços…

Tom foi o primeiro construtor de quadros a desenhar tubos de aço muito leves e personalizados. O Logic Tubing, por exemplo, foi desenhado com secções centrais alargadas e com “paredes” muito delgadas, para reduzir o peso (secções cónicas).

Tom Ritchey em ação.

Nota da redação

No ciclismo existe uma infinidade de nomes de pessoas que deram o seu melhor para que este desporto fosse cada vez melhor. Uns criaram tendências e/ou tecnologias, outros dedicaram-se apenas a pedalar mais e melhor que ninguém…

Este artigo pretende mostrar apenas alguns deles, não muitos, aqueles que reunimos segundo um critério muito simples: as suas criações ou ideias têm o seu nome ou as suas iniciais. Acima de tudo, este artigo é simplesmente uma visão pessoal de um “pedaço” do ciclismo.

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Fotos: Bianchi // Columbus // Ibis // Eddy Merckx // Reynolds // Ritchey

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