É um dos reforços da Soudal Quick-Step e não perdeu tempo para começar a ganhar, num sprint em grupo reduzido. Primeira edição da Figueira Champions Classic foi plena de espetáculo, com as equipas World Tour todas na luta pela vitória.

Seis equipas World Tour na Figueira Champions Classic na primeira edição desta corrida e todas mostraram que não vinham só para ver as paisagens da Figueira da Foz. Com um percurso a pedir espetáculo, foi o que não faltou!

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As formações do principal escalão estiveram na discussão de uma vitória que foi para um dos reforços da Soudal Quick-Step. Na terceira corrida pela estrutura belga, Casper Pedersen venceu num sprint emocionante.

Na Figueira da Foz viveu-se o ambiente único do World Tour, com muitas pessoas a rodearam os autocarros das equipas e muitas mais espalhadas pelo percurso. O Algarve tem sido o destino eleito para que em Portugal se vejam os melhores do mundo; agora surge a Figueira Champions Classic, no domingo anterior à Volta ao Algarve (15 a 19 de fevereiro).

Na estreia desta clássica 1.1 UCI, as equipas portuguesas quiseram ter o seu protagonismo. Porém, Soudal Quick-Step, Trek-Segafredo, DSM, Alpecin-Deceuninck, EF Education-EasyPost – que tanto trabalhou durante a corrida – e a Intermarché-Circus-Wanty de Rui Costa – que bem tentou somar mais uma vitória em 2023, terminando na quarta posição – controlaram a vantagem da fuga e acabaram por tomar conta da prova, como era expectável.

Como foi a corrida

Os últimos 50 dos 190 quilómetros foram em circuito, o que proporcionou a oportunidade de se ver os ciclistas a passar nas duas subidas do dia três vezes: Parque Florestal (pouco mais de dois quilómetros a 8% de pendente média) e Enforca Cães (um pouco mais longa e com 700 metros finais com pendentes entre os 11 e 17%).

A primeira teve o condão de terminar com a fuga do dia e proporcionar uma segunda. Depois foi ver principalmente a EF Education-EasyPost controlar o grupo de cerca de 15 ciclistas que se formou para discutir a vitória.

Mas vamos por partes. Afonso Silva (Kelly-Simoldes-UDO), Alexandre Montez (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), Gaspar Gonçalves (Efapel Cycling), Hugo Nunes (Rádio Popular-Paredes-Boavista), Jesus del Pino (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), Miguel Salgueiro (AP Hotels & Resorts-Tavira-SCFarense) e Sergio García (Glassdrive-Q8-Anicolor) estiveram na frente até à entrada do circuito final.

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Soudal Quick-Step, Intermarché-Circus-Wanty e EF Education-EasyPost controlaram a distância. Chegou a ser de cerca de cinco minutos, mas não vingou.

Mathias Vacek (Trek-Segafredo), Merhawi Kudus (EF Education-EasyPost), Oscar Onley (DSM), Rémi Cavagna (Soudal Quick-Step), Quinten Hermans (Alpecin-Deceuninck) e Rune Herregodts (Intermarché-Circus-Wanty) foram os homens que assumiram depois o protagonismo. Um por cada equipa World Tour presentes. Tiveram no máximo 50 segundos de vantagem. Cavagna e Herregodts tentaram isolar-se dentro dos 20 quilómetros finais, mas sem sucesso.

Formou-se então o grupo de cerca de 15 ciclistas. Alguns ataques e contra-ataques na subida de Enforca Cães, mas a EF Education-EasyPost não deixou ninguém escapar e preparou bem o sprint. Contudo, Casper Pedersen revelou ser o mais forte.

Felicidade do vencedor

“Esta vitória é muito importante. A equipa não correu para um ciclista específico, fizemos uma corrida aberta. Sabia que tinha de tentar manter-me na frente o máximo possível e tentar ‘sobreviver’. Os rapazes deram-me confiança, sabendo que eu seria dos mais rápidos no caso de manter-me no grupo”, explicou o dinamarquês.

“A EF tinha um ‘comboio’ muito bem organizado, com homens rápidos. Sabíamos que devíamos estar atentos a eles. Os meus companheiros Rémi [Cavagna] e Ilan [van Wilder] garantiram que ninguém saía do grupo. Eu apenas tinha de apanhar a roda da EF e tentar saltar no sprint e foi isso que sucedeu”, acrescentou.

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Pedersen foi um jovem ciclista que despontou na DSM, com exibições a convencerem a Soudal Quick-Step. Não perdeu tempo a mostrar que é uma boa contratação e parte motivado para uma Volta ao Algarve, onde esta equipa gosta sempre de estar na luta por vitórias.

O seu companheiro, Rémi Cavagna, também subiu ao pódio na Figueira da Foz como vencedor da classificação dos sprints especiais e Rune Herregodts ganhou a montanha e foi o melhor jovem. A Intermarché-Circus-Wanty ganhou por equipas. O português da Rádio Popular-Paredes-Boavista, Hugo Nunes, foi eleito o ciclista mais combativo.

Classificações completas:

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Fotografia: João Fonseca Photographer/Figueira Champions Classic

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