Após o contrarrelógio do dia de ontem, os ciclistas do pelotão da Volta a Espanha 2023 alinharam à partida para uma etapa plana, com exceção para a subida final. A fuga foi a grande protagonista do dia e, deste grupo, Jesus Herrada (Cofidis) foi o homem mais forte.

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A 10ª etapa apresentava-se essencialmente plana durante os seus 163,5 kms de extensão. A única dificuldade do dia estava reservada para os kms finais com a subida de La Laguna Negra.

O início do dia fica também marcado pela queda de Juan Ayuso (UAE Emirates) ainda na partida simbólica. Aparentemente sem complicações maiores para o ciclista espanhol, que retomou ao pelotão e seguiu etapa até final.

Após o retornar de Ayuso ao pelotão, a partida real é dada e os andamentos são elevadíssimos, com média de quase 48 km/hora na primeira hora de corrida. A grande movimentação do dia é a formação da fuga que era constituída por 26 corredores de diferentes equipas. Mais atrás no pelotão era a Jumbo-Visma quem controlava o ritmo.

A fuga continha alguns nomes sonantes, mas que não ofereciam perigo para a classificação geral, sendo o ciclista mais bem colocado Geraint Thomas (Ineos-Grenadiers), que estava à procura da sua primeira etapa nesta edição, segunda para a Ineos-Grenadiers.

Da mesma equipa, e vencedor do dia de ontem, Filippo Ganna também constava na fuga, assim como Luis Leon Sanchez (Astana Qazaqstan), Romain Grégoire (Groupama-FDJ) e Andrea Piccolo (EF Education-EasyPost).

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Com 6.500 metros de extensão e uma pendente média de 6.8%, La Laguna Negra fazia prever a seleção dos mais fortes no grupo de fugitivos. Paul Ourselin (Total Energies) foi o primeiro a atacar, a cerca de 10 kms do fim, e, apesar de uma vantagem que chegou aos 30 segundos, Filippo Ganna foi o homem responsável por controlar o grupo.

Ganna foi despedaçando o grupo metro após metro e alcançou Ourselin a cinco kms do fim. Jonathan Caicedo (EF Education-EasyPost) foi quem tentou a sua sorte a seguir, mas com as elevadas pendentes dos últimos 300 metros o ataque saiu-lhe curto.

A discussão da vitória ficou encerrada quando Jesus Herrada decidiu lançar o seu ataque; assim que o fez,  ninguém conseguiu seguir a mudança de rimo do ciclista espanhol da Cofidis.

No pelotão, que iniciou a subida seis minutos depois, os andamentos eram mais calmos. Além da típica luta pelo posicionamento, o dia foi de “tréguas” e sem ataques entre os favoritos.

Ainda assim, Cian Uijtdebroeks (Bora-Hansgrohe) ainda tentou amealhar segundos importantes para o top-10, mas com a aceleração final de Reemco Evenepoel (Soudal Quick-Step) cruzaram a meta todos com o mesmo tempo.

Na geral, as contas mantém-se: Sepp Kuss é líder com 26 segundos de vantagem sobre o segundo classificado, Marc Soler (UAE Emirates). Em terceiro está o belga Reemco Evenepoel, a 1m09s. João Almeida mantém-se em sexto, a 2m16s.

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Imagens: La Vuelta

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