Numa últipa etapa cancelada devido a manifestações em Madrid, João Almeida confirma o 2º lugar na geral e iguala Joaquim Agostinho com o melhor resultado de sempre de um português numa grande volta. Jonas Vingegaard é o grande vencedor e Tom Pidcock leva uma equipa Pro Continental ao pódio...

A última etapa da Volta a Espanha 2025 estava destinada a ser uma festa, mas terminou em confusão e numa decisão inédita: a neutralização e posterior cancelamento da etapa devido a protestos propalestina que impediram o normal desenrolar da corrida nas ruas de Madrid. O mais importante, contudo, é que João Almeida confirma o 2º lugar!

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O ciclista português está a fazer a melhor época da sua carreira e ao alcançar o 2º lugar da geral nesta Vuelta 2025 iguala Joaquim Agostinho, 51 anos depois, com o melhor resultado de sempre de um ciclista português numa das três grandes voltas. Um ciclista fantástico, um orgulho para Portugal!

Extended Highlights - Stage 21 - La Vuelta 2025

Mas há mais história a ser feita nesta Vuelta. Com o 3º lugar na geral, Tom Pidcock alcançou pela primeira vez um pódio numa grande volta e fez algo inédito, também: levou uma equipa do escalão Pro Continental, neste caso a sua Q36.5 Pro Cycling Team, ao pódio da Volta a Espanha.

Quanto ao vencedor, esse, é Jonas Vingegaard, uma vitória merecida para o dinamarquês e para a consistente equipa Visma Lease a Bike. Com a camisola vermelha assegurada após a dura ascensão à Bola del Mundo no dia anterior, Vingegaard partia para a última etapa com o triunfo praticamente garantido.

Pena que o dia da consagração ficou manchada por um cenário fora do habitual. Apesar de um forte dispositivo de segurança e de um percurso encurtado, os receios confirmaram-se a 58 km da meta, quando um grupo de manifestantes bloqueou a passagem do pelotão em plena capital espanhola.

A organização, após minutos de indecisão e conversa com os corredores, decidiu não retomar a corrida.

Vingegaard, que já conquistou duas edições do Tour de France, somou assim a sua primeira vitória na Vuelta e a terceira grande volta da carreira. O gesto simbólico de apertar a mão aos restantes ciclistas, no meio da confusão, acabou por ser a imagem final desta edição insólita da ronda espanhola.

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A origem dos protestos esteve ligada à presença da equipa Israel-Premier Tech na competição, num momento de forte tensão internacional devido ao conflito armado entre Israel e Gaza.

Embora a organização tenha mantido a participação da formação israelita ao longo da prova, os protestos intensificaram-se nas últimas etapas e culminaram com a invasão da estrada por manifestantes em diferentes pontos do circuito final de Madrid.

Com a segurança do pelotão em causa, a decisão de terminar prematuramente a etapa foi consensual entre os organizadores e os próprios atletas.

A nível desportivo, a classificação geral já estava praticamente fechada desde o dia anterior. Vingegaard foi o mais forte na subida final à Bola del Mundo e garantiu o primeiro lugar com autoridade.

João Almeida (UAE Team Emirates-XRG) confirmou o segundo posto e Tom Pidcock (Q36.5 Pro Cycling Team) completou o pódio, conquistando o seu primeiro top 3 numa grande volta.

O norte-americano Matthew Riccitello, da Israel-Premier Tech, conseguiu um notável 5.º lugar, enquanto Sepp Kuss e Matteo Jorgenson colocaram três ciclistas da Visma no top 10, confirmando o domínio da equipa ao longo das três semanas de prova.

Aqui estão as classificações da Volta a Espanha 2025, pelo website FirstCycling.com:

 

Mais info:

Crédito das imagens: LaVuelta.es website / ASO

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