Sem plano B para os Mundiais de estrada, a UCI está em contrarrelógio para encontrar um país que receba as corridas, depois do cancelamento da edição prevista para Aigle-Martigny, na Suíça. O organismo que tutela o ciclismo prefere manter o evento na Europa, se possível, e também com um percurso idêntico àquele desenhado em terras helvéticas. Dia 1 de setembro será conhecida a decisão final.

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A UCI quer manter as datas de 20 a 27 de setembro, até para evitar mais problemas num calendário já muito apertado para as várias provas agendadas. As restrições impostas na Suíça devido à pandemia, acabaram por levar à decisão de não avançar com os Mundiais em Aigle-Martigny. No final de junho, depois de muita especulação sobre possíveis novos locais, os organizadores suíços confirmaram que iriam ser o palco dos Mundiais, mas sempre dependentes da evolução da pandemia.

As autoridades suíças mantiveram até 30 de setembro a regra de proibição de eventos que reúnam mais de mil pessoas, o que invalidou a possibilidade de de facto avançar com os Mundiais naquele país. No entanto, em junho, a UCI havia garantido que não havia plano B. Agora procura um urgentemente.

Omã e Qatar chegaram a ser dados como possibilidade antes do comité organizador de Aigle-Martigny afirmar que mantinha as provas. Porém, dificilmente serão hipótese nesta altura. Com as limitações de voos e a incerteza no que diz respeito a viagens para fora da Europa (e até dentro), permanecer no continente é a primeira opção. Ainda mais se o objetivo é manter um percurso muito montanhoso: seriam mais de quatro mil metros de acumulado para enfrentar na corrida de fundo elite.

A 1 de setembro será então conhecida a decisão sobre os Mundiais, como confirmou a UCI em comunicado. No entanto, volta a pairar a possibilidade de não se realizarem em 2020. Se assim for, os campeões de fundo Mads Pedersen e Annemiek van Vleuten e os de contrarrelógio Rohan Dennis e Chloe Dygert-Owen (para referir o escalão de elite) vão vestir a camisola do arco-íris até 2021, tal como foi anunciado para outras vertentes, em que os Mundiais já foram cancelados.

As próximas edições

Aigle-Martigny terá de esperar se quiser tentar novamente organizar os Mundiais de ciclismo de estrada. A UCI já escolheu que em 2021 Flandres será o palco das corridas, uma opção que muito agradou aos especialistas das clássicas.

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Wollongong, Nova Gales do Sul, na Austrália, receberá os Mundiais em 2022 e no ano seguinte a viagem será até Glasgow, na Escócia, num evento ainda mais especial. De quatro em quatro anos, uma cidade será palco dos Mundiais desde a estrada, ao BTT, passando pelo BMX, sem esquecer a pista. Será a primeira vez que um evento destes será organizado.

Em 2024, e novamente no formato só de estrada, as seleções vão estar na Suíça. Depois é possível que se possa pela primeira vez ter uns Mundiais em África. Ruanda já entregou a candidatura.

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