A União Ciclista Internacional (UCI) publicou esta terça-feira uma versão atualizada e simplificada do seu protocolo de prevenção de Covid-19. As alterações referem-se, principalmente, às grandes voltas, e surge na iminência da partida da edição de 2022 do Tour de França, na próxima sexta-feira em Copenhaga, e respondem à necessidade de reforçar a vigilância clínica no pelotão, nas equipas e nos dirigentes, para fazer face ao agravamento de casos positivos nas últimas semanas, afetando muitos corredores.

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A decisão mais relevante é a de que um corredor positivo, mas assintomático, não será forçado a abandonar a corrida. Entre as principais novas disposições do protocolo, algumas são “obrigatórias” e outras “fortemente recomendadas”.

Disposições obrigatórias:

  • Dois dias antes do início da prova, a apresentação de, pelo menos, um teste de antígeno negativo para todos os membros da equipa (corredores e staff);
  • Durante os dias de descanso do evento (exceto possíveis dias de ‘transfer’), realização de um teste antigénico Covid-19 para todos os membros da equipa, bem como aos Comissários (Internacionais e Nacionais), os Delegados Técnicos da UCI e os funcionários encarregues dos controlos antidoping;
  • Em caso de ocorrência, no seio de uma equipa, de um caso de Covid-19 confirmado por um teste de antigénio e depois por um teste de PCR (seja um corredor ou um membro do staff), a decisão sobre o possível isolamento será tomada coletivamente pelo médico da equipa em causa, o diretor médico do evento e o diretor clínico da UCI, com base nos elementos clínicos disponíveis.

Assim, um corredor Covid-positivo, por exemplo, não será obrigado a abandonar a prova se estiver assintomático. Isso foi confirmado pelo diretor do Tour, Christian Prudhomme, à Ouest France. “Se por acaso um corredor testar positivo e não apresentar sintomas haverá uma reunião entre Xavier Bigard [diretor clínico da UCI], os médicos da equipa e o diretor médico do Tour. É uma medida de bom senso. Vimos na última Volta à Suíça que Aleksandr Vlasov, que ganhou uma etapa, estava a ter um desempenho muito bom e teve de voltar para casa. Mas se não tivesse feito um teste, talvez tivesse vencido a corrida…”, declarou o responsável.

Medidas fortemente recomendadas:

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  • Durante os cinco dias que antecedem a prova, testes antigénicos diários para todos os membros da equipa (corredores e staff) para verificar a ausência de transporte do vírus, essencial para a constituição das bolhas da equipa e da bolha do pelotão;
  • Durante a corrida, a prática diária, se possível, ou pelo menos a cada dois ou três dias, de testes antigénicos para membros da equipa (exceto corredores), bem como Comissários (Internacionais e Nacionais), Delegados Técnicos da UCI e funcionários encarregues do controlo antidoping;

Além disso, é abandonada a regra que autorizava o organizador a retirar da corrida qualquer equipa cujos dois ou mais corredores no prazo de sete dias apresentem testes de PCR Covid-19 positivos. A UCI e os seus parceiros lembram a todos os participantes em eventos de estrada incluídos no calendário internacional do organismo que as regras introduzidas nos últimos dois anos, no interesse da saúde e segurança de todos, continuam a ser aplicadas. Isso inclui a exigência de uso de máscara, de distanciamento físico e de higienização das mãos.

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