A 119.ª edição do Paris-Tours, encerramento tradicional da temporada francesa, terminou com uma vitória de Matteo Trentin (Tudor Pro Cycling Team), que se impôs num sprint restrito à frente a Christophe Laporte (Visma-Lease a Bike) e Albert Withen Philipsen (Lidl-Trek), que fecharam o pódio.

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O italiano conseguiu fazer a ponte já nos metros finais, neutralizando a ofensiva de longa distância lançada por Paul Lapeira (Decathlon AG2R La Mondiale) e Thibaud Gruel (Groupama-FDJ), que viriam a terminar em 4.º e 5.º lugares, respetivamente.

A corrida começou a definir-se a cerca de 80 km da meta, com a entrada nos tradicionais setores de terra batida, com ondulações curtas e explosivas que provocaram uma natural seleção no pelotão. A dureza do percurso, combinada com os numerosos furos e incidentes mecânicos, eliminou vários nomes importantes, incluindo Arnaud De Lie (Lotto Dstny) e Olav Kooij (Visma-Lease a Bike), ambos apontados como favoritos à vitória. Matthew Brennan (Visma) também foi forçado a abandonar a frente da corrida.

A ofensiva decisiva surgiu a 36 km do fim, quando Paul Lapeira e Thibaud Gruel lançaram um ataque coordenado. Os dois franceses construíram uma vantagem de cerca de 40 segundos sobre um pelotão fragmentado e hesitante na perseguição.

A resposta surgiu apenas a 18 km da chegada, com Christophe Laporte a lançar-se ao ataque. Conseguiu formar um grupo de contra-ataque com Albert Withen Philipsen, Mattias Vacek (Lidl-Trek), Matteo Trentin e Stefan Bissegger (Decathlon AG2R). A colaboração foi irregular, com Bissegger a mostrar pouca disponibilidade para trabalhar, e o grupo estabilizou a diferença em cerca de 10 segundos a 10 km do fim. Vacek acabou por ceder, reduzindo a capacidade ofensiva da perseguição.

Na aproximação à meta, já dentro do último quilómetro, Lapeira e Gruel hesitaram e olharam-se mutuamente, perdendo ritmo. Isso permitiu o contacto final do grupo perseguidor. Bissegger lançou o sprint de forma prematura, mas foi Trentin quem soube gerir melhor o esforço e sprintar para a vitória, num final onde a resistência acumulada foi determinante.

Trentin, com esta vitória, reforça o seu estatuto como especialista em clássicas de fim de temporada e encerra o ano com um triunfo de prestígio. Laporte e Philipsen completaram o pódio, enquanto Lapeira e Gruel, apesar do esforço sustentado na frente, ficaram às portas da vitória.

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Daniel Lima (Israel-Premier Tech) foi o melhor português, na 45ª posição, a 3.22 minutos do vencedor, enquanto António Morgado (UAE Emirates) terminou em 85º, 8.43 a minutos de Trentin.

Classificações

Crédito da imagem: Paris-Tours/X – https://x.com/ParisTours/status/1977413979774365941/photo/1

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