Jasper Stuyven (Trek-Segafredo) antecipou-se aos velocistas com um ataque a dois quilómetros da meta na Via Roma para vencer a Milão-San Remo contrariando o favoritismo do trio Wout van Aert, Mathieu van der Poel e Julian Alaphilippe.

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O belga conseguiu abrir uma vantagem suficiente, na companhia de Soren Kragh Andersen (Team DSM), para não ser alcançado por um grupo de pouco mais de uma dezena de perseguidores.

(Foto Tim de Waele/Getty Images)

Entre estes, o sprinter Caleb Ewan (Lotto Soudal), que terminou em segundo, com Van Aert (Jumbo-Visma) em terceiro, Peter Sagan (Bora-Hansgrohe) em quarto e Van der Poel (Alepcin-Fenix) em quinto.

(Foto Tim de Waele/Getty Images)

O vento de costas tornou a corrida muito mais rápida, sem ataques no Cipressa e apenas ataques tímidos no Poggio. Pela primeira vez em quatro anos, esta derradeira subida da Milão-San Remo não provocou diferenças entre os corredores da frente.

Julian Alaphilippe (Deceuninck-QuickStep) foi o primeiro a acelerar no quilómetro final do Poggio, mas Van Aert e Van der Poel juntaram-se rapidamente ao campeão do mundo. Na descida, Tom Pidcock (Ineos Grenadiers) liderou o grupo, e logo que se entrou em terreno plano, Jasper Stuyven atacou. Kragh Andersen respondeu alguns instantes depois, chegando a alcançar o belga da Trek, mas não resistiu ao sprint final deste.

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Foto Luca Bettini/BettiniPhoto©2021

“Não consigo descrever o que sinto. É inacreditável”, disse Stuyven após recuperar o fôlego. “Tínhamos um plano para atacar ou responder a ataques, tentando tudo para vencer. Senti-me muito bem toda a prova. Após o Poggio havia muitos adversários rápidos no grupo, por isso sabia que tinha de tentar tudo ou nada. Se tivesse ido para a linha de meta, poderia ter terminado em quinto ou décimo, assim arrisquei tudo… e consegui a maior vitória da minha carreira”, afirmou o corredor da Trek-Segafredo

Wout Van Aert admitiu que tomou decisões erradas na parte final da clássica. “Como sempre foi a descida rápida do Poggio. Então o Jasper Stuyven partiu para o ataque e tornou-se difícil persegui-lo, porque não queria perder minhas chances no sprint”, disse o belga.

(Foto Tim de Waele/Getty Images)

“Claro que muitos estavam a olhar para mim e eu simplesmente parei. No final, Caleb [Ewan] foi um pouco mais rápido. Hoje joguei mal”, admitiu o corredor da Jumbo-Visma. “Foi surpreendente sermos um grupo tão grande no topo do Poggio. Atacámos, mas não foi o suficiente para fazer a diferença”, acrescentou van Aert.

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Foto Luca Bettini/BettiniPhoto©2021

Van der Poel teve opinião idêntica. “Eu estava onde deveria estar no Poggio. Pude acompanhar os ataques de Julian e do Wout, mas os ataques foram um pouco tarde demais, creio, e na parte mais fácil do Poggio. Então, ficou um grupo bastante grande, e depois do excelente ataque do Stuyen foi muito difícil reagir”.

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