Tadej Pogacar conformou o favoritismo e conquistou a Liège-Bastogne-Liège, o seu sexto ‘monumento’. O esloveno venceu isolado, demonstrando a sua superioridade na corrida. No final, os principais corredores na La Doyenne prestaram declarações:

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Tadej Pogacar (UAE Emirates) – vencedor

“Foi um dia muito difícil desde o início, devido ao frio. Com a equipa, estabelecemos um ritmo forte para nos mantermos um pouco aquecidos. Senti bastante emoção a corrida toda. Pensei muito na mãe de Urska [Zigart, a companheira]. Há dois anos tive de voltar para casa [devido à morte da senhora], nem sequer participei. No ano passado, parti o pulso. Então, pensei muito durante toda a corrida. Hoje corri para a mãe de Urska”.

Romain Bardet (dsm-firmenish) – 2.º classificado

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“Super feliz! É preciso acreditar sempre, sabia que ia ser uma corrida difícil, cansativa, mas corri sem pressão e encontrei-me com pernas muito boas no final, em que consegui aproveitar. Creio que é também o meu conhecimento tático da corrida, que me permitiu muitas vezes posicionar-me bem, no sítio certo e na frente nos momentos-chave da corrida. Claro, com pernas muito boas […] também. Sei que também seriam muito importantes os topos das subidas, o vento contrário estava muito forte, demorava apenas 5 ou 10 segundos para aguentar, porque muitas vezes há desentendimentos no grupo de perseguição. Sempre acreditei que era possível, senão já teria desligado. Simplesmente, porque nunca me senti tão forte. Mas os meus rivais são ainda mais fortes. De qualquer forma, estar no pódio entre Pogacar e Van der Poel é uma bela foto que poderei emoldurar para o meu filho. Não compito mais com os outros corredores franceses, já passei essa idade. Por outro lado, fico feliz em ver que há jovens talentos que estão crescendo bem. estão conseguindo bons lugares ainda mais cedo do que na minha época. Sim, estou em forma para o Giro, mas vamos ver se não me constipo antes…”

Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck) – 3.º classificado

“Estava a tirar os manguitos e as luvas e foi quando houve uma queda, por isso atrasei-me. No entanto, com estas pernas não conseguiria fazer nada contra o Tadej Pogacar. Não seria capaz de seguir Pogacar na La Redoute. Nesta subida foi importante ter subido ao meu próprio ritmo e não explodir. Não sei como cheguei ao pódio, mas estou muito feliz com este lugar. Agora entendo porque todos dizem que a combinação destas corridas com as clássicas de pavé é difícil. É motivo de reflexão para o futuro”.

Maxim Van Gils (Lotto-Dstny) – 4.º classificado

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“Foi muito difícil, não me senti muito bem no início. Estava a sofrer, felizmente no meio de La Redoute reencontrei as boas sensações. A perseguição a Pogacar era difícil e as coisas ficam piores, porque ficaram todos a olhar uns para os outros e não restavam muitos trabalhadores. A equipa e eu estamos super felizes com o resultado aqui e com meu pódio em Flèche Wallonne. É triste ter perdido o pódio por pouco, o sprint foi bastante longo, mas posso estar orgulhoso. É uma corrida especial, um monumento, uma das minhas corridas favoritas do ano”.

Aurélien Paret-Peintre (Decathlon-AG2R) – 5.º classificado

“O vento contrário bloqueou um pouco a corrida, fizemos as subidas rapidamente. Senti-me bem em La Redoute e no final da corrida. Infelizmente, depois de La Redoute, bati num buraco, onde creio que o David Gaudu também teve um furo. Eu também estava a perder ar no pneu e em Roche-aux-faucons não consegui rolar mais. Tive de trocar de bicicleta, mas não desisti e saí-me bem. Vi os carros no topo e reentrei a 5 km da meta. Depois decidi fazer o nosso sprint da melhor maneira possível, de longe, a 250/300 metros. Fiquei um pouco ao mesmo nível do Mathieu [van der Poel] no início, e no final fiquei perto”.

Valentin Madouas (Groupama-FDJ) – 7.º classificado

“Ficámos numa queda e tivemos de fazer uma grande perseguição, mas nunca desmoralizámos. Romain [Baredet] fez uma corrida muito boa e mereceu o segundo lugar. Dei tudo o que tinha para dar nas subidas, estou satisfeito com esse desempenho. Viemos para conseguir o pódio, não conseguimos, mas fomos consistentes e isso é bastante positivo”.

Tom Pidcock (INEOS Grenadiers) – 10.º classificado

“Não caí, mas tive um furo logo a seguir. Acho que foi o pior momento possível para acontecer. Foi muito frustrante. Fiz um esforço máximo para voltar e agora fiquei a saber que os outros que ficaram na queda recuperaram atrás dos carros! É frustrante. Forcei muito e rebentei as minhas pernas. Todos nós fizemos um grande esforço para nos posicionar e passar com segurança, e foi um inferno. O resultado é bom. O sprint foi agitado, fiquei bloqueado.”

Egan Bernal (INEOS Grenadiers) – 21.º classificado

“Creio que a queda mudou um pouco a corrida. Tom [Pidcock] teve de esperar e trocar de bicicleta. Tentámos dar o nosso melhor, mas ficará para o próximo ano. Tive boas pernas, tentei várias vezes, mas não o suficiente para fazer a diferença.”

Mathias Skjelmose (Trek-Ledl) – 28.º classificado

“Esta semana é uma grande deceção. Agora só quero deitar-me e chorar. Tudo correu conforme o planeado e quando Tadej [Pogacar] saiu tentei segui-lo. Nunca recuperei. Talvez tenha sonhado alto demais e esquecido que tipo de campeão é o Tadej. Tentar segui-lo custou-me toda a corrida. Se chegarmos muito perto do sol, queimamo-nos.”


Créditos da imagem: LiegeBastogneLiege Twitter – https://twitter.com/LiegeBastogneL/status/1782061601303982153

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