Ivo Oliveira (UAE Emirates) conquistou hoje o título nacional de fundo, em Mogadouro, sucedendo ao seu companheiro de equipa João Almeida, que este ano arrecadou o ceptro do contrarrelógio.

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“Entrei numa fuga praticamente no início da corrida. Senti que não podia deixar a decisão para o final. Falei com o meu irmão [Rui] e decidimos atacar no início da subida, a três voltas do fim. Foi o Rui que atacou, mas teve resposta do Fábio Costa. Mal o Rui foi apanhado arranquei eu sozinho. Depois foi sofrer, sofrer, sofrer, até à meta. Na última volta tive de tirar os pés dos pedais a descer, porque vinha com caimbras, mas concretizámos a estratégia”, contou Ivo Oliveira, que esteve mais de 160 km em fuga, dos quais 50 a solo.

“Diria que é a minha principal vitória na estrada. Ganhei recentemente o contrarrelógio e discuti a geral na Boucles de la Mayenne, mas ser campeão nacional e vestir esta camisola durante um ano é algo que só em sonhos é que pensei. Graças a Deus, à minha equipa, ao meu staff, à minha família e à minha namorada, consegui-o”, declarou o novo campeão de Portugal de fundo.

Na corrida, com 169,6 quilómetros na região transmontana, escaparam ao pelotão dez corredores com apenas 7 km percorridos. Desde logo Ivo Oliveira, com Pedro Andrade (ABTF Betão-Feirense), David Livramento (AP Hotels & Resorts-Tavira-SC Farense), César Martingil (Aviludo-Louletano-Loulé Concelho), Rodrigo Caixas (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), Gaspar Gonçalves (Efapel Cycling), Rafael Reis (Glassdrive-Q8-Anicolor), Gonçalo Carvalho e António Barbio (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua) e Bernardo Gonçalves (XSpeed United).

Ao quilómetro 30, mais quatro corredores importantes para o desfecho da corrida fogem ao pelotão e juntam-se aos homens da frente perto do quilómetro 50: Rui Oliveira (UAE Emirates), Fábio Costa (Glassdrive-Q8-Anicolor), Luís Gomes (Kelly-Simoldes-UDO) e Rafael Silva (Efapel Cycling).

O grupo, de 14 unidades, foi consolidando a vantagem sobre o pelotão, onde apenas a Rádio Popular-Paredes-Boavista, sem representação na fuga, fazia a perseguição, mas logo se percebeu que, sem ajuda, não teria sucesso…

A três voltas do final, a mais de 50 quilómetros da meta, Rui Oliveira atacou, com resposta pronta de Fábio Costa, levando, entre outros, Ivo Oliveira, que contra-atacou de imediato e os restantes não conseguiram segui-lo.

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Ivo Oliveira chegou a ter dois minutos de vantagem para o grupo de perseguidores, onde começou a lutar-se pelo segundo lugar, destacando-se seis corredores: Rui Oliveira, David Livramento, Fábio Costa, Rafael Reis, Luís Gomes e Gonçalo Carvalho.

Na subida a meio do circuito, Rui Oliveira e Luís Gomes livraram-se dos demais para formar um pódio totalmente composto por ciclistas naturais de Vila Nova de Gaia.

A vantagem de Ivo Oliveira foi baixando para aquele duo, mas a vitória não lhe escapou, ao fim de 4.16.19 horas de prova (média de 39,7 km/h). Na luta pelo segundo lugar sobressaiu Rui Oliveira, a 1.06 segundos do irmão gémeo, à frete de Luís Gomes, que fechou o pódio, a 1.15 m.

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