Foi a grande novidade da temporada passada. José Azevedo regressou ao seu país para criar uma estrutura que quer que seja de referência não só cá, mas também no estrangeiro, com uma aposta muito forte no ciclista português. O primeiro ano da Efapel Cycling foi de altos e baixos, pelo que o objetivo passa por consolidar o projeto.

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Foram conquistadas vitórias importantes na primeira temporada de existência, como a Clássica Viana do Castelo e etapas no Grande Prémio O Jogo, Clássica Ribeiro da Silva, Grande Prémio Jornal de Notícias e o prólogo no Troféu Joaquim Agostinho. Porém, na Volta a Portugal os resultados ficaram aquém do esperado.

Ainda assim, ver Tiago Antunes a começar a ganhar destaque, ou Joaquim Silva manter a boa forma a que regressou quando passou pela formação de Mortágua, foram dois pontos muito positivos da temporada da Efapel Cycling.

Os dois vão continuam na equipa, assim como o outro capitão, Henrique Casimiro, um ciclista que simplesmente não sabe correr mal. Sempre regular e sempre pronto a estar entre os primeiros, vai manter o seu papel de protagonista. A saída inesperada de João Benta é um rude golpe, pois a sua experiência tinha um peso grande. O ciclista optou por fazer uma pausa na carreira.

Mas os reforços que chegam também têm características para se assumirem como figuras da Efapel Cycling. O russo Aleksandr Grigorev é o primeiro estrangeiro a assinar pela equipa. Depois de se afirmar com um dos corredores de muita qualidade no pelotão nacional na formação do Tavira, tem agora uma nova aventura pela frente.

Grigorev é um excelente homem de trabalho, mas também pode ser escolha para liderar em determinadas corridas. Já o português Emanuel Duarte procura afirmar-se definitivamente entre a elite. Vencedor de uma Volta a Portugal do Futuro e de uma camisola da juventude da Volta a Portugal, o algarvio, de 26 anos, demonstra qualidade para obter resultados de nota e procurará na Efapel Cycling dar o salto a esse nível.

No ano passado, soube ser um gregário valioso para Alejandro Marque, mas sendo um bom trepador, certamente que José Azevedo verá em Emanuel Duarte uma aposta também para procurar vitórias.

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Ou seja, a Efapel Cycling tem um conjunto de ciclistas com potencial de liderança, mas todos assumem papel de trabalho sempre que necessário.

De referir ainda Gaspar Gonçalves. Conquistou as primeiras vitórias como profissional em 2022 e terá mais atenção sobre ele na nova temporada. A confiança será certamente maior.

José Azevedo, com Hélder Miranda a seu lado, mantém-se fiel aos seus princípios de ver crescer a Efapel Cycling, não apenas como equipa de elite, mas apostando também na formação, que a partir deste ano contará com Tiago Machado como o coordenador da academia. Uma equipa feminina também faz parte do projeto.

2022 foi apenas o início. Agora a Efapel Cycling parte para a consolidação, à procura de continuar a vencer durante todo o ano, mas claro, a querer mais e melhor quando chegar a Volta a Portugal.

Reforços: Aleksandr Grigorev (Rus, 30 anos, Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel), Emanuel Duarte (Por, 26, Atum General-Tavira-Maria Nova Hotel) e Pedro Pinto (Por, 22, Tavfer-Mortágua-Ovos Matinados).

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Permanências: Francisco Guerreiro (Por, 22), Gaspar Gonçalves (Por, 27), Henrique Casimiro (Por, 36), Joaquim Silva (Por, 30), Rafael Silva (Por, 32) e Tiago Antunes (Por, 25).

Saídas: Fábio Fernandes (Por, 20), João Benta (Por, 36) e Pedro Andrade (Por, 22, ABTF Betão-Feirense).

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Fotografia: João Fonseca Photographer/Facebook Efapel Cycling

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