Dois sextos lugares a fechar os Mundiais de Pista

Portugal despediu-se dos Mundiais de Pista em Saint-Quentin-en-Yvelines, França, com dois sextos lugares, sendo que um foi na disciplina olímpica do madison. Os gémeos Oliveira estiveram muito bem numa corrida nem sempre fácil de controlar. João Matias esteve em destaque na corrida de eliminação.

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Daniela Campos também esteve em ação no último dia de provas, este domingo, completando assim a sua estreia na categoria de elite a este nível. Ficou na 19ª posição na corrida por pontos, sendo que o principal objetivo da chamada da ciclista para os Mundiais foi ganhar experiência.

“Considero que fizemos um campeonato de muito bom nível. Os objetivos que tínhamos foram cumpridos, nomeadamente nas provas olímpicas. Queríamos pontuar o máximo possível e conseguimos, destacando o excelente resultado tanto no omnium feminino, com a medalha de bronze da Maria, como no madison masculino, com o sexto lugar do Ivo e do Rui”, referiu Gabriel Mendes.

O selecionador nacional destacou ainda a exibição de Ivo Oliveira, que também conquistou uma medalha de bronze: “O pódio na perseguição individual foi também um aspeto muito positivo e importante, pois o Ivo também conseguiu melhorar a sua marca pessoal.”

No global, Gabriel Mendes ficou satisfeito com o que os seus atletas alcançaram.

“Nas restantes disciplinas também tivemos desempenhos bastante bons, como foi o caso do João Matias, na corrida de eliminação. A Daniela está em processo de aprendizagem e fez um bom trabalho. Toda a equipa está de parabéns pelo excelente trabalho, desde os atletas ao staff que os acompanha e que trabalhou arduamente para que conseguíssemos alcançar estes resultados de grande nível.”

Dupla de nível no madison

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Ivo e Rui Oliveira tinham a ambição de conseguir um bom resultado no madison, pois em causa também está o desejado apuramento olímpico.

A prova até começou relativamente calma. Porém, Rui Oliveira sofreu uma queda, mas conseguiu continuar. Os gémeos pontuaram pela primeira vez ao quinto sprint. A segunda metade foi de outro ritmo e obrigou a grande atenção da dupla portuguesa.

Juntamente com Itália, França e mais tarde a Bélgica, estiveram na frente da corrida e a 17 voltas do fim, Ivo e Rui Oliveira conseguiram a desejada volta, com esses 20 pontos a serem decisivos para fechar na sexta posição.

“Esta foi uma corrida extremamente exigente, em que poucos países conseguiram dobrar o pelotão. Só já na parte final da corrida é que conseguimos entrar numa situação de ataque. Foi muito difícil fazer a dobragem, mas conseguimos e foi precisamente essa volta bónus que nos deu a possibilidade de subir à sexta posição”, frisou o selecionador nacional.

“De sublinhar ainda a capacidade de sofrimento e resiliência do Rui, que sofreu uma queda ao início, tendo também de mudar de bicicleta. Por isso mesmo, o Ivo teve também de gastar muito mais energia ao fazer várias voltas sozinho. Estou extremamente satisfeito com o trabalho que eles fizeram”, acrescentou.

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João Matias enfrentou uma corrida algo acidentada, mas conseguiu sempre evitar as quedas que se sucederam, pelo menos até à parte final, antes de sair da pista. Ainda assim, fechou numa excelente sexta posição.

“O João fez uma corrida muito boa e conseguiu aguentar bem até à fase final. Diria até que, caso se tivesse posicionado de outra forma, poderia ter eliminado o corredor de Israel e aguentar pelo menos mais uma eliminação. Foi uma grande prova por parte dele e estou muito satisfeito com o resultado que conseguiu”, disse Gabriel Mendes.

O campeão do mundo não precisa de apresentações: o italiano Elia Viviani.

Daniela Campos tentou mostrar-se na corrida por pontos, esforçando-se por lançar ataques. No entanto, a concorrência era forte, mas a sua atitude deixou Gabriel Mendes satisfeito, principalmente na perspetiva de ganhar experiência neste nível competitivo, ainda mais quando se fala de uma ciclista que já conquistou medalhas como júnior e sub-23.

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Fotografias: Federação Portuguesa de Ciclismo