A 25.ª edição do Simac Ladies Tour, que está a decorrer desde dia 5, é uma corrida com um simbolismo especial. Disputado em seis dias, a competição feminina neerlandesa do WorldTour é a primeira, com estatuto oficial, de Lotte Kopecky (Team SD Worx) com a sua camisola arco-íris de campeã mundial. No entanto, essas cores serão ofuscadas pela despedida de Annemiek van Vleuten, que faz a derradeira corrida da sua carreira de ciclista profissional.

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Aos 40 anos, a consagrada corredora da Movistar despede-se do pelotão mundial este domingo no seu país, concluindo uma prova que já venceu duas vezes (2017 e 2018).

Na passada quinta-feira Van Vleuten fez o seu último contrarrelógio, utilizando, para marcar a ocasião, uma bicicleta Canyon personalizada com pintura dourada, que faz alusão e celebra, na generalidade, a sua carreira: dourada!

Verdadeira lenda viva do ciclismo, a bicampeã mundial confidenciou há poucos dias a retirada numa última entrevista divulgada pela sua equipa e disponível no Youtube.

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“Temos de saber despedir-nos de um capítulo importante da nossa vida que não vai voltar mais. No Mundial de Glasgow, muita gente disse-me ‘obrigado’. É a maneira de ficar a saber que muitas pessoas apreciaram a forma como corri e que sentirão a minha falta no ciclismo. É especial e comovente ouvir esses elogios”, começou por dizer Annemiek Van Vleuten, antes de (tentar) eleger a sua melhor vitória no seu vastíssimo historial.

“É difícil escolher entre o título mundial em Wollongong e o de Yorkshire, porque são dois sucessos completamente diferentes. Yorkshire foi verdadeiramente épico, mas a corrida em Wollongong diz muito sobre o meu caráter. Superei a fratura no cotovelo e dei o melhor que pude. Ainda fico arrepiada com o que fiz e conquistar nessa prova”, contou Van Vleuten.

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Após 17 anos de uma rica carreira (2007-2023), a natural de Wageningen, nos Países Baixos, já está a planear o futuro fora da bicicleta. “Em 2024, gostaria de tirar um ano de folga, fazer alguns pequenos projetos, reorientar-me um pouco. Inscrevi-me num curso do Comité Olímpico Internacional (…) não preciso mais de me preocupar em estar na melhor forma física… Também poderei ter uma vida social um pouco mais intensa. Fui casada com o ciclismo e agora vou ao encontro de um pouco de liberdade”, conclui a corredora da Movistar.

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Imagens: Movistar Team Twitter

 

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