João Almeida voltou a escrever o seu nome na história do ciclismo português. Aos 27 anos, o corredor da UAE Emirates atingiu esta semana o 5.º lugar do ranking mundial da União Ciclista Internacional (UCI), um feito que o coloca definitivamente no restrito círculo da elite global. A ascensão, confirmada na atualização divulgada esta terça-feira, teve como grande alavanca a sua exibição de luxo na Volta a Espanha: segundo na geral, vencedor de uma etapa e protagonista de uma das campanhas mais sólidas da sua carreira.

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O salto de oito posições desde a última revisão, logo após o Tour, mostra bem o impacto da prestação de Almeida. Com 4334,07 pontos, o português surge agora logo atrás de nomes que dispensam apresentações: Tadej Pogacar, líder destacado com uns quase inalcançáveis 11.235 pontos, Jonas Vingegaard, o dinamarquês que somou a Vuelta ao seu currículo e ocupa o 2.º posto (5904,14), Mads Pedersen, 4.º com 5287,45 após duas vitórias de etapa e a camisola verde em Espanha, e Mathieu van der Poel, o neerlandês que apesar do verão discreto ainda guarda o 3.º lugar (4661).

João Almeida, que já era visto como um dos mais consistentes corredores do pelotão, confirma agora a sua maturidade: não só resiste ao ritmo dos “extraterrestres” Pogacar e Vingegaard, como ameaça entrar no pódio dos melhores do mundo. E se dúvidas houvesse, basta olhar para a perseguição imediata: logo atrás surge o seu companheiro de equipa, o mexicano Isaac del Toro, a sensação de 21 anos que, mesmo sem alinhar na Vuelta, somou quatro triunfos em corridas italianas e ocupa o 6.º posto (4194).

A Vuelta trouxe ainda outras movimentações de peso no ranking. Tom Pidcock, terceiro na geral, escalou 16 lugares e é agora 8.º. O belga Jasper Philipsen, com dois sprints vitoriosos, subiu 17 posições para 12.º. O espanhol Juan Ayuso, outro talento da UAE, saltou para 16.º. E nomes como Felix Gall, Jay Vine, Giulio Pellizzari, Jai Hindley ou Matthew Riccitello viveram também ascensões impressionantes, revelando o efeito dominó que uma grande volta pode provocar na hierarquia mundial.

Nem todos, porém, saíram a sorrir. O belga Wout van Aert caiu para fora do top-10 (11.º), Enric Mas, Richard Carapaz e Ben O’Connor recuaram várias casas, e o tombo mais sonante foi o de Primoz Roglic, que desceu de 5.º para um discreto 39.º.

Crédito da imagem: UAE Emirates/X

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