A 86.ª edição da Volta a Portugal, entre 6 e 17 de agosto, apresenta um percurso renovado, adequado a trepadores, com seis chegada em alto, e com destaque para o Montejunto como última meta montanhosa.

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Montejunto regressa à Volta 42 anos depois, para ajudar a definir a geral, que será conhecida após o tradicional contrarrelógio final, que conclui os 1.581 quilómetros percorridos de Maia e Lisboa.

Esta contagem de 1.ª categoria surge no lutar tradicionalmente da Senhora da Graça, como ponto final da penúltima etapa (desde 2021) e é esta a grande novidade de um traçado vocacionado para trepadores e ‘puncheurs’, que arranca com 3,4 quilómetros de prólogo na Maia.

Inédita chegada ao Sameiro (2ª categoria) ocorre logo na primeira etapa, após percorridos 162,3 quilómetros desde Viana do Castelo, que incluem uma dupla ascensão a este santuário.

Fafe (e o seu empinado empedrado) acolhe o final da segunda etapa, que parte de Felgueiras, percorre 167,9 quilómetros e passa pelo famoso ‘salto’ da Lameirinha, num troço em terra batida que se celebrizou pelo Rali de Portugal.

Ponto final da terceira etapa e de partida da quarta, Bragança marca a etapa mais longa desta edição – 185,2 quilómetros desde Boticas -, que é antecedida, cerca de 40 quilómetros antes, pela travessia da Serra da Nogueira (1ª cat.).

No dia seguinte, o pelotão escalará a Senhora da Graça, com a primeira categoria do Alvão a anteceder a instalada na meta, numa quarta etapa em que os candidatos à sucessão do russo Artem Nych no palmarés dos vencedores têm de responder presente, antes de terem uma jornada mais tranquila, na ligação entre Lamego e Viseu, onde os ciclistas irão ‘descansar’, em 12 de agosto.

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A caravana regressa à estrada em Águeda, no início da sexta etapa, que acaba novamente a subir, no sempre difícil empedrado da Guarda (3ª cat.), antecedida de outras duas da mesma categoria e duas de segunda.

Após chegar à cidade mais alta do país, o pelotão sobe ao ponto mais alto de Portugal continental, com a sempre exigente escalada à Torre, única contagem de categoria especial de todas as edições da Volta, a aparecer em todo o seu esplendor à sétima etapa – são 20.100 metros a subir desde a Covilhã, pela vertente das Penhas da Saúde, que culminam 179,3 quilómetros desde o Sabugal.

Ferreira do Zêzere estreia-se como será partida, da oitava etapa, que termina em Santarém, ausente da Volta há mais de 30 anos.

A região Oeste, ‘berço’ de grandes como Joaquim Agostinho e João Almeida, os dois melhores voltistas nacionais de sempre, ganha um lugar de destaque à nona etapa, que vai ligar Alcobaça à Serra de Montejunto, no Cadaval, ao longo de 174,4 quilómetros.

Com passagem nalguns dos locais mais icónicos da região, a jornada irá homenagear Agostinho, aquando da passagem na cidade de Torres Vedras, antes de a chegada, que fará a penúltima seleção entre os candidatos, que enfrentarão o derradeiro teste nos 16,7 quilómetros planos de contrarrelógio com partida e chegada à Praça do Império.

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Para já, serão 15 as equipas que vão lutar pela glória na 86.ª Volta a Portugal, com a Caja Rural a ser a única ProTeam presente – as ‘habitués’ Euskaltel-Euskadi, Burgos-BH e Kern Pharma este ano não vêm, tal como a Vorarlberg, do vencedor de 2023 e ‘vice’ no ano passado, o suíço Colin Stüssi.

As etapa da Volta a Portugal 2025

6 de agosto: Prólogo, Maia – Maia, 3,4 km (CRI)
7 de agosto: 1.ª Etapa, Viana do Castelo – Braga (Sameiro), 162,3 km
8 de agosto: 2.ª Etapa, Felgueiras – Fafe, 167,9 km
9 de agosto: 3.ª Etapa, Boticas – Bragança, 185,2 km
10 de agosto: 4.ª Etapa, Bragança – Mondim de Basto (Senhora da Graça), 182,9 km
11 de agosto: 5.ª etapa, Lamego – Viseu, 155,5 km
12 de agosto: Dia de Descanso
13 de agosto: 6.ª Etapa, Águeda – Guarda, 175,2 km
14 de agosto: 7.ª Etapa, Sabugal – Covilhã (Torre), 179,3 km
15 de agosto: 8.ª Etapa, Ferreira do Zêzere – Santarém, 178,2 km
16 de agosto: 9.ª Etapa, Alcobaça – Montejunto, 174,4 km
17 de agosto: 10.ª Etapa, Lisboa – Lisboa, 16,7 (CRI)

Crédito da imagem: Federação Portuguesa de Ciclismo

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