E a gravilha do Giro… pariu um rato. Nenhum de ataques entre os principais corredores, zero emoção. Pogacar, a maior figura e de quem se esperaria que mexesse com a corrida, vencedor da Strade Bianche 2024 com um domínio avassalador, cumpriu o que anunciara na véspera e salvaguardou-se de incidentes mantendo-se à cabeça do pelotão liderado pela Ineos Grenadiers, cujos gregários trataram de zelar pela segurança de Geraint Thomas. E nada mais.

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De resto, Pogacar até reconheceu que gostaria de ter oferecido a camisola rosa a Luke Plapp, mas que a equipa rival britânica impediu-o ao imprimir um andamento forte. Plapp não alcançou a rosa, nem venceu a etapa, que foi arrebatada por ilustre desconhecido, o estreante Sanchez Pelayo, da Movistar, que expôs, uma vez mais, a debilidades atuais de Julian Alaphilippe, que em tempos não muito remotos jamais perderia este triunfo.

Assim, no topo da classificação, tudo na mesma. Às vésperas do longo e desnivelado contrarrelógio, de 40.6 km e uma subida categorizada no final. Não se sabe quem o vencerá, mas não espantará que o que mais beneficiará seja Tadej Pogacar, ainda que se aguarde com expectativa o desempenho de Daniel Martinez e de Geraint Thomas. Se estes tiverem boa resposta, pode ser que a emoção do Giro se prolongue, pelo menos até às etapas de alta montanha no dia seguinte, sábado, de terça-feira próxima.

Se o CRI desta sexta-feira não cavar diferenças significativas entre Pogacar e os outros, essas etapas com final em (muito) alto farão o teste do algodão. O líder da UAE deverá optar por manter o registo: ir aumentando paulatinamente a sua vantagem, aproveitando as oportunidades, ou então eleger uma etapa para desferir o golpe misericórdia nos oponentes, talvez lá mais para a frente, para não estar a desgastar a sua equipa. Que já se percebeu que não lhe valerá se as exigências forem extremas.

No entanto, também não parece que haja capacidade, dos rivais, para colocarem essa fasquia de dificuldade a Pogacar a um nível que não possa defender-se sozinho… Para já, tudo controlado pelo camisola rosa, que, se tudo lhe correr bem neste CRI, dificilmente sairá do seu corpo, a não ser que sofra um golpe… à Vingegaard!


Créditos da imagem: UAE Team Emirates – Sprint Cycling

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