Previnam-se e treinem… mais! Mathieu van der Poel chegou, viu e venceu! O neerlandês fez a estreia no início da tarde deste domingo na temporada de ciclocrosse e não deixou pedra sobre pedra.

PUB
TrekFest 2024

O corredor da Alpecin-Deceuninck avisara que se apresentaria, no seu primeiro crosse, em Hulst, no seu país, sétima ronda da Taça do Mundo, em condições de vencer e a declaração de intenções não pecou por excesso de otimismo.

O tetracampeão mundial (2015, 2019, 2020 e 2021) já marcou o seu território, esmagando a concorrência, em que se incluem os “especialistas” de ciclocrosse que fazem toda a temporada e não outra disciplina, e também o campeão em título, Tom Pidcock, que foi azarado do dia.

Quando ocupava a segunda posição, na última volta, perseguindo MVDP, o corredor da INEOS Grenadiers, que vencera no sábado a corrida do X2O Badkamers Trofee em Courtrai, partiu uma roda numa queda e foi forçado a abandonar.

PUB
Giant TCR 2024

No percurso lamacento, complicado, altamente técnico e desgastante de Hulst, Van der Poel obteve o 143º triunfo da sua carreira, o quinto nesta prova! Depois de muitas quedas e reviravoltas na classificação, o neerlandês venceu com 15 segundos de vantagem sobre o belga Laurens Sweeck, que arrebatou a liderança da classificação geral da Taça do Mundo ao compatriota Eli Iserbyt, terceiro nesta corrida, a 22 segundos do ganhador da corrida.

PUB
Giant TCR 2024

Arrancando da quarta linha de partida, Mathieu van der Poel fez um grande esforço para alcançar os líderes ainda na primeira volta, ao ponto de assumir o comando ultrapassando Lars van der Haar, que se mostrava o mais forte.

No entanto, o campeão dos Países Baixos levou o seu esforço ao limite – demasiado cedo… -, e não só colocou Van der Poel no vermelho, levando a cometer alguns erros e até mesmo a cair na segunda volta, como também causou ao próprio um desgaste precoce.

Foi então que Tom Pidcock, que recuperava de um começo mais cauteloso, acelerou com Laurens Sweeck na roda. A dupla escapa algum tempo aos rivais, mas Van der Poel e Eli Iserbyt alcançam-na no início da 4ª volta. Pidcock acelera, então, enquanto Iserbyt cai e fica para trás.

 

Van der Poel fez o ataque decisivo no final da quarta volta, arrancando isolado para a vitória. Pidcock não conseguiu segui-lo, visivelmente menos confortável nas partes difíceis do percurso, mantendo-se na segunda posição. À entrada da sétima e última volta, o MVDP está 12 segundos à frente do campeão mundial, Sweeck, no terceiro posto, um pouco mais longe, mas já com 15 segundos de vantagem sobre a dupla Van der Haar-Iserbyt, que parecia arredada do pódio.

E quando parecia que a classificação estaria assim ordenada até final, eis que Pidcock cai e parte a roda traseira, obrigando-o a desistir…

No final da corrida, Mathieu Van der Poel assumiu que a vitória não foi fácil. “O ano passado não foi bom… Só fiz uma corrida e meia… Mas senti-me bem neste regresso, porque cumpri uma boa preparação. Estou muito satisfeito com a minha forma física, mas tecnicamente cometi muitos erros, embora considere normal na estreia. Estou há muito tempo longe do CX”.

“Ainda tenho trabalho a fazer para chegar ao mais alto nível. E de mais algumas corridas. Também ainda preciso de treino específico. Espero estar em melhor forma para o período natalício”, afirma o neerlandês, cujos adversários devem preocupar-se…

Classificações completas:

Fotografias: CXWorldCup Twitter

Também vais quer ler…

À terceira, Tom Pidcock já vence!

Também vais gostar destes!