Explodindo a cerca de cinquenta km da meta, a corrida foi palco para uma exibição imperial de um corredor que impressionou em 2022 nas clássicas flandrianas e do norte de França, como o Tour de Flandres, em que foi segundo classificado, e a Paris-Roubaix, de que foi ganhador: Dylan van Baarle!

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Atacando no pelotão a cerca de 40 km ainda por percorrer, o neerlandês que este ano trocou a INEOS Grenadiers pela Jumbo-Visma isolou-se no sopé do Mur du Grammont após derrotar o seu último adversário, o francês Mathis Le Berre (Arkéa-Samsic), e venceu em Ninove, conquistando o primeiro triunfo com as cores da nova equipa, no seu primeiro dia de competição em 2022.

Van Baarle, que sucede ao seu agora companheiro de equipa Wout Van Aert, ausente este ano, terminou com uma vantagem de 20 segundos sobre um grupo de cerca de vinte corredores, em que o também espantoso jovem belga Arnaud De Lie (Lotto Dstny) foi o mais rápido, à frente do francês Christophe Laporte (Jumbo-Visma), do norueguês Alexander Kristoff (Uno-X Pro) e do britânico Tom Pidcock (INEOS Grenadiers), estes dois últimos vencedores de etapas na recente Volta ao Algarve.

O primeiro ciclista da Soudal Quick-Step, formação que esteve abaixo das expectativas, o italiano Davide Ballerini, ficou no sexto posto. Rui Oliveira (UAE Emirates) chegou no grupo perseguidor de Van Baarle e conquistou uma ótima 9.ª posição nesta importante clássica.

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O filme da corrida pode resumir-se aos derradeiros 41 km, a partir do Molenberg, após todas as fugas terem sido apanhadas por um pelotão que estava prestes a… explodir!

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Vinte favoritos e alguns outsiders destacam-se, incluindo Christophe Laporte, Dylan van Baarle, Stefan Küng (Groupama-FDJ), Tom Pidcock, Victor Campenaerts (Lotto Dstny) ou Benoît Cosnefroy (AG2R Citroën).

Deste grupo aceleram quatro elementos, Jonathan Milan (Bahrain Victorious), Florian Vermeersch (Lotto Dstny), Van Baarle e Matthis Le Berre. Um pouco mais atrás, Kevin Geniets (Groupama-FDJ) e Jasper Stuyven (Trek-Segafredo) tentam recolar, a que se juntam o luxemburguês e o belga Nils Eekhoff (DSM), o português Rui Oliveira (UAE Emirates), Brent Van Moer (Lotto Dstny) e Jan Tratnik (UAE Emirates).

A subida de Leberg é fatal para Milan e Vermeersch, que perdem o grupo da frente, que fica reduzido a dois corredores: Dylan van Baarle e o não menos impressionante Mathis Le Berre.

A 20 km da chegada, Van Baarle e Le Berre estão 40 segundos à frente de um pelotão ainda formado por cerca de cinquenta corredores, liderado principalmente pela equipa Bahrain Victorious. Mas ainda restam duas dificuldades a superar – e que dificuldades! Mur de Grammont e Bosberg.

No sopé do Grammont, Van Baarle deixa para trás Le Berre, enquanto Tim Wellens (UAE Emirates) e Matej Mohoric (Bahrain Victorious) saem do pelotão. Muito fortes também, Arnaud De Lie e Christophe Laporte apanham o belga e o esloveno após a subida, enquanto Stefan Küng rola a dez segundos atrás do quarteto.

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Van Baarle aproxima-se do Bosberg com cerca de 15 segundos de vantagem sobre os perseguidores, diferença que não se altera neste último muro do dia. O pelotão está a mais de 30″ do líder, que não se deixa alcançar nos últimos 10 km, conquistando uma vitória extraordinária!

“Por que é que ataquei naquela altura? Instinto. A equipa disse-me que tinha de confiar na minha intuição, e foi o que fiz”, explicou Van Baarle após a corrida.

“O meu objetivo era vencer o mais depressa possível com a minha nova equipa. Tentámos controlar a prova o máximo possível, o que para mim é novidade correr assim. Todos fizeram um ótimo trabalho. Só tenho de lhes agradecer”. Com Christophe Laporte no pódio, a Jumbo-Visma mostra desde já que é a formação a bater nas clássicas da Flandres e das Ardenas.

Classificações:

Imagem: Omlopp Twitter

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