Ao visitarmos o site oficial da Santa Cruz neste momento, o destaque não engana. A marca está imensamente orgulhosa do que fez a equipa de downhill Santa Cruz Syndicate na recente etapa da Taça do Mundo UCI de downhill em Fort William, Escócia. Foi o pleno no pódio para Nina Hoffmann, Jackson Goldstone e Laurie Greenland, atletas da equipa oficial da Santa Cruz! Bike oficial? A Santa Cruz V10!

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Exato: a bicicleta utilizada em que todos andam na competição deste ano é a reluzente Santa Cruz V10, um modelo que já conta com uma história de… 20 anos! Para assinalar a data, de certa forma, aqui fica uma breve revisão da evolução desta máquina “devoradora! de descidas…!

Santa Cruz V10 1 (2002-2004)

A primeira V10 da “saga”, com quadro de alumínio série 6000 com rodas de 26″, habituais na época, e o completo e exclusivo sistema de suspensão traseiro VPP. Mais: um design “impossível” na base e tubo do espigão do selim, o que fazia com que amortecimento traseiro de mola chegasse aos 255 mm de curso.

Santa Cruz V10 1 (2002-2004)

A suspensão frontal era uma  Manitou invertida que podia suportar até um máximo de 200 mm. Como se vê na imagem, a geometria era muito “recortada” quando comparada com o que é comum atualmente… Chama à atenção o tirante instalado desde o basculante até à pinça de travão, uma forma que fazia com que esta fosse “flutuante”.

Santa Cruz V10 2 e 3 (2005-2007/2008-2010)

A 2ª geração da Santa Cruz V10 mudou radicalmente o sistema de suspensão para um esquema mais convencional e reconhecível face aos nossos dias, embora se tenha mantido o sistema flutuante VPP tão característico da Santa Cruz.

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Santa Cruz V10 2 (2005-2007)

O design do quadro também se modernizou com formas mais arredondadas e uma geometria que pouco a pouco foi avançando para dar mais equilíbrio à bicicleta, deixando pelo caminho o tirante da pinça de travão traseira. Os cursos de suspensão ficaram iguais e as suspensões frontais Manitou invertidas dão lugar a modelos convencionais.

Santa Cruz V10 3 (2008-2010)

Por sua vez, a 3ª versão da bicicleta estiliza um pouco mais as formas do quadro face à 2ª geração, atualizando a geometria e os componentes, e destacando  na frente uma suspensão frontal que pode chegar aos 203 mm de curso. As rodas continuam a ser de 26″ e o quadro de alumínio.

Santa Cruz V10 4, 5 e 6 (2011-2012/2013-2014 /2015-2017)

Um salto importante no design da Santa Cruz V10, que causou desconfiança em 2011. O quadro desenhava uma geometria decididamente mais avançada e tinha uma forma muito mais refinada e estilizada, que inaugurava a fibra de carbono como material de base. O triângulo posterior manteve o alumínio.

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Santa Cruz V10 4 (2011-2012)

Os cursos de suspensão iam até os 200 mm na frente e até 254 mm no eixo traseiro. Os amortecedores a ar começavam a marcar presença graças a um forte desenvolvimento deste género, algo que não mais parou de acontecer. A geometria foi evoluindo cada vez mais, sendo que já havia aqui grande sinais de modernidade com um ângulo de direção a pouco mais de 64º, por exemplo…

Santa Cruz V10 5 (2013-2014)

Já o modelo Santa Cruz V10 5  mostra um design semelhante ao da 4ª geração, mas com um basculante fabricado também em fibra de carbono material esse que chegou nesse momento às rodas… Foi a chegada total do full carbon à V10!

Santa Cruz V10 6 (2015-2017)

Mais tarde, a geração 6 (2015-2018) atualizou as linhas do quadro com uma nova forma de encaixar o amortecedor no quadro, um basculante novo e uma geometria revolucionária, de certa forma. Este modelo tinha já uma silhueta que reconhecemos atualmente, não?

Santa Cruz V10 7 (2018-2022)

A aqui chega finalmente a era das mudanças nos diâmetros de roda, ou seja, a atualidade! E o modelo Santa Cruz V10 que podemos encontrar hoje no catálogo da marca oferece mesmo três combinações diferentes de rodas: ambas de 29″, versão Mullet (29” à frente, 27,5” atrás) ou ambas as rodas de 27,5″.

Santa Cruz V10 7 29” (2022)

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A geometria já responde aos padrões mais atuais, com um avanço considerável da suspensão frontal (63,7º) e uma boa distância entre eixos (1.278 mm na 29″ e tamanho M). Mas a verdade é que o ADN das “primeiras”  V10 não desapareceu, mantendo-se um desenho do triângulo principal muito semelhante ao que foi estabelecido na versão 2.

Santa Cruz V10 7 27,5” (2022)

Os cursos de suspensão também se foram adaptando às necessidades dos riders de hoje (e ao maior diâmetro das rodas) e o curso traseiro fixou-se nuns suficientes 215 mm (à frente, as suspensões frontais vão aos 200 mm).

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