Este ano de 2023 celebra-se o aniversário do grupo de transmissão Shimano de estrada mais exclusivo e premiado da marca: o grupo Dura-Ace. Foi em 1973, no salão IFMA de Colónia (na época na Alemanha Ocidental), que foi apresentado este conjunto produzido em duralumínio (utilizado nas primeiras séries). Esta substância é até parte da identidade deste conjunto e nos dias de hoje, com exceção das manetes em carbono, continua presente nos restantes componentes do grupo.

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O grupo de transmissão Shimano Dura-Ace é possivelmente pioneiro em vários aspetos no mundo do ciclismo, inovando para e com a competição: já em 1978 os engenheiros da marca nipónica definiram que uma bicicleta não pode ser um somatório de componentes, mas que estes devem funcionar “mutuamente” em harmonia… Conceito este que foi preservado até à atualidade, dizem.

Alguns anos mais tarde, em 1980, a Shimano considerou ainda que uma transmissão também teria de ter um desempenho aerodinâmico. Assim foi construído um túnel de vento para testar diferentes designs, dando origem pouco tempo depois ao Dura-Ace 7300 AX.

“O Dura-Ace combina duralumínio (Dura) com Ace, uma adaptação que quando contextualizada significa ‘o melhor'”, refere a Shimano.

Mais tarde, em 1984, presenciou-se outro avanço significativo: o sistema indexado Shimano, o SIS. Esta é a tecnologia que gera os característicos “clicks” que efetuam depois a troca de andamentos nas mudanças. Algo que hoje é tão banal…

Quatro anos mais tarde, o Dura-Ace vence pela primeira vez numa grande volta: Andy Hampsten ganha o Giro de Itália usando uma bicicleta com este conjunto. Contudo, em 1999, o sistema faz a sua primeira aparição na Volta a França, 26 anos depois do seu nascimento.

Mais um marco importante na história do ciclismo: a manete das velocidades atua como travão e como manípulo de mudanças, isto em 1990!  Perfazem agora 20 anos desde que foram introduzidos os grupos de oito velocidades e em 2021 aparecem as doze. Como o tempo passa…

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Diziamos ao início que o alumínio teve, e tem, uma forte presença no Dura-Ace, e que a tecnologia HollowTech é igualmente vital, pois a Shimano acredita que o peso é já de si tão baixo que não se justifica o uso de carbono.

Mas quando foram lançados os primeiros pedaleiros com esta tecnologia? Em 1996. E em 2004 a tecnologia evolui para a HollowTech II, mais leve e mais firme. Nestes sistemas podemos apreciar um design que se mantém muito idêntico ao que vemos nos dias de hoje. Na altura trouxeram consigo as dez velocidades e em 2012 as onze velocidades.

A HollowTech pode ser resumida como a construção “oca” do pedaleiro, e em 2008 é lançada a tecnologia HollowGlide, o mesmo conceito mas para o prato “maior”. E desta feita com uma parede dupla, tornado-o mais resistente e leve.

A revolução eletrónica, que já tinha alguns anos de teste em competição, surge então, finalmente, nas lojas, com a Shimano a ser pioneira com o Dura-Ace Di2.

Só falta mesmo falar do polémico assunto dos travões de disco, que entram em ação em massa em 2016, o mesmo ano no qual é também introduzido o primeiro potenciómetro integrado da marca nas variantes R9100 e R9150.

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E provas dadas no mundo real? O palmarés do grupo de transmissão Shimano Dura-Ace é bastante “competente”, pois nestes 50 anos atingiram 11.540 vitórias, com aproximadamente 2.345 etapas em corridas europeias, 16 campeonatos do mundo, 44 grandes voltas e 11 edições da Volta a França…

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Imagens: Shimano

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