Miguel Salgueiro, o todo o terreno do ciclismo nacional. Já não é a primeira vez que se diz isto e o ciclista da LA Alumínios-LA Sport mostrou mais uma vez que deem-lhe uma bicicleta e ele vai ser competitivo. Depois da estrada, BTT, ciclocrosse e pista, Salgueiro tentou uma vitória no ciclismo virtual, ou melhor, no primeiro Mundial Eletrónico. Atacou no último quilómetro. Não resultou, mas terminou num grupo com alguns dos principais nomes da modalidade na estrada.

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Numa parceria com a plataforma Zwift, a UCI organizou um Mundial de uma vertente que vinha a ganhar preponderância em tempos recentes, mas que o confinamento acabou por dar outro protagonismo. Edvaldo Boasson Hagen, Domenico Pozzovivo, Rigoberto Uran e Michael Valgren foram nomes bem conhecidos a participarem na corrida de 50,035 quilómetros, com pouco menos de 500 metros de acumulado no total. A subida Watopia foi o ponto que ajudou a ir eliminando candidatos. Salgueiro terminou perto de Tom Pidcock, reforço da Ineos para 2021, e do belga Victor Campenaerts.

© Federação Portuguesa de Ciclismo

“Foi uma prova muito dura, arrancou logo muito rápida. Tive de fazer vários sprints ao longo da corrida para conseguir manter-me no pelotão, mas este é um tipo de esforço a que me adapto bem. Isto acaba por ser uma corrida de eliminação. Mantive-me no grupo da frente e, na fase final, apesar de já estar muito desgastado, tentei a minha sorte. Foi demasiado cedo. Paguei a falta de experiência, pois nunca tinha competido a este nível, mas fica a aprendizagem para o futuro”, afirmou, citado pela Federação Portuguesa de Ciclismo.

Miguel Salgueiro a terminar na 33ª posição a 32:33 segundos do vencedor, Jason Osborne. O alemão, de 26 anos, tornou-se assim no primeiro campeão do mundo do ciclismo electrónico, com a sul-africana Ashleigh Moolman Pasio (35) a alcançar o feito entre as mulheres.

A prova feminina foi decidida ao sprint, com a australiana Sarah Gigante a ficar em segundo e com a sueca Cecilia Hansen a fechar o pódio, cortando a meta com apenas um segundo de diferença. Moolman Pasio completou os 50,035 quilómetros em 1:13.27 hora, com a portuguesa Maria Martins a ser 52ª, muito longe da discussão da corrida. A ciclista portuguesa regressou recentemente de férias e acusou a falta de ritmo.

© Federação Portuguesa de Ciclismo

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Na corrida masculina, Osborne foi o mais forte no sprint final, batendo dois dinamarqueses: Anders Foldager (a 1:74 segundos) e Nicklas Pedersen (a 2:09 segundos). O outro português em prova, Jorge Magalhães foi 49º, a 4:02 minutos de Osborne. O corredor da W52-FC Porto perdeu contacto com o grupo da frente a meio da prova: “Foi quase um sprint na subida, como sou pouco explosivo, acabei por não conseguir passar na frente e depois já não foi possível regressar ao grupo da frente.”

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