Luis Pablo García Coronado é um ciclista espanhol (e aventureiro) que tem como modo de vida desafios que estão ao alcance de poucos mortais. O seu “currículo” destaca os feitos mais recentes, como completar o km zero Madrid-Finisterre com uma bicicleta de gravel (quase 900 kms com 10 mil metros de acumulado) ou o Tour de Hierro, com 380 kms non-stop em 25 horas. Neste último evento, e já aos comandos de uma Crow Gravital UL… a que tiraram a bateria e o motor.

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Mas, no caso da competição Badlands 2022, este atleta foi ainda mais longe. Além de a fazer com uma e-gravel como a Crow Gravital UL (também sem bateria ou motor), o desafio foi máximo tanto física quanto mentalmente. As Badlands duplicaram a quantidade de kms do Tour del Hierro.

Uma aventura a toda a prova. Mais de 780 km e mais de 15 mil metros de desnível positivo, e isto num formato non-stop… A localização? Espanha, entre Granada e Almería, num track que tocou os desertos de Tabernas e de Gorafe.

“Serpenteando” por montanhas como Gata e Alpujarras, fazendo subidas como o Pico Veleta (3.396 metros) ou a que vai até ao Observatório Calar Alto (2.168 metros). Mas importante será dizer que Luis Pablo e a sua Crow Gravital UL, que seria enfrentado sem um de seus componentes: o motor.

O GoRide foi conversando com o protagonista desta “loucura”, que foi deixando as suas impressões sobre a corrida em si e também sobre a bicicleta.

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“Gostei de como se comportou no gravel [refere-se à competição Tour del Hierro], sendo muito estável e de confiança. Senti-me confortável. E senti que a bicicleta é firme quando é preciso e ágil quando também tem de o ser. A partir daí surgiu a ideia de experimentar a Crow na dureza da Badlands, sabendo que o peso, mesmo sendo uma ebike leve, era maior que uma gravel normal”, contou-nos Luis Pablo, sobre competir com uma e-bike sem motor.

A principal coisa que se espera de uma ebike moderna é que as diferenças para com uma bicicleta normal sejam cada vez menores. “Não notei nenhuma diferença de comportamento. A sensação é a de uma gravel ‘normal’, com a prática de ‘bikepacking’ e utilizando o tubo do motor para colocar mais acessórios de transporte. A bicicleta mostrou-se equilibrada e muito estável”.

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Falando da corrida, tantos kms proporcionaram a Luis Pablo vários tipos de situações, umas mais positivas que outras: “Ainda estou a assimilar tudo o que se passou, acho. Tive momentos em que vi tudo muito complicado. Um dia de dez horas de bicicleta com apenas dois litros e meio de água… A satisfação e recompensa emocional foi total, muito orgulho em mim e na bicicleta”.

A verdade é que a experiência, que deve ter sido muito proveitosa tanto para Luis Pablo quanto para a Crow, também nos faz tirar uma conclusão: os limites são estabelecidos pelo ciclista e não pela bicicleta em questão, certo?

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Teste GoRide.pt: Crow Gravital UL2 2022 [com vídeo]

Imagens: @juananfotografia e @badlandscc

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