Ruína financeira, dependência, noites escuras marcadas pela dor e pela solidão… os últimos anos têm sido um verdadeiro abismo para Sir Bradley Wiggins. Aos 45 anos, o herói britânico que um dia conquistou o topo do ciclismo mundial luta agora contra os fantasmas que o perseguem — uma espiral descendente que quase o consumiu por completo. 

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Mas há uma nova esperança. Wiggins anunciou que decidiu enfrentar os seus demónios de frente. Vai iniciar um tratamento intensivo numa clínica especializada em trauma, nos Estados Unidos — um passo corajoso em direção à cura. E, num gesto inesperado e profundamente humano, é o seu antigo rival, o americano Lance Armstrong, quem está a custear tudo. 

“Lance Armstrong pagou-me para ir a uma grande clínica de apoio a traumatizados no Utah, e mal posso esperar para lá chegar”, revelou Wiggins, com emoção contida. 

Em abril, numa entrevista ao jornal L’Équipe, o vencedor da Volta a França de 2012 já tinha deixado escapar a importância dessa amizade improvável: 

“É estranho, eu sei, mas o Lance ajudou-me muito nestes últimos anos. Ele próprio passou por momentos difíceis. Disse-me que esta terapia mudou a sua vida. Dura uma semana — dez horas por dia num quarto, sem telefone, sem nada. Não sei o que esperar. Veremos.” 

E assim, na última sexta-feira, Sir Bradley Wiggins deu finalmente entrada na clínica no Utah. À imprensa britânica, repetiu com humildade e esperança: 

“Ele (Lance Armstrong) pagou-me para ir a uma excelente clínica de apoio a vítimas de trauma no Utah. Mal posso esperar para lá chegar.” 

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Dois antigos rivais. Duas vidas marcadas pela glória e pela queda. Agora, unidos por algo maior que o desporto — a vontade de recomeçar. 

Crédito da imagem: Bradley Wiggins/Facebook

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