Lorenzo Fortunato (Eolo-Kometa) foi o vencedor surpresa no topo do Monte Zoncolan, no final da 14.ª etapa do Giro de Itália, impondo-se aos parceiros do grupo da fuga do dia, incluindo o português Nélson Oliveira, que foi 8.º na jornada, e resistindo ainda à recuperação dos primeiros da classificação geral.

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Embora os corredores não tenham enfrentado o temível Zoncolan pela vertente aparentemente mais dura (de Ovaro), os últimos três quilómetros com inclinações médias superiores a 11% e máxima a 20%, reclamaram as suas vítimas e os vencedores.

Entre estes últimos, o grande triunfador foi, uma vez mais, Egan Bernal (Ineos Grenadiers), em mais uma demonstração de hegemonia neste Giro, reforçando a liderança na corrida. O colombiano respondeu a um ataque tardio de Simon Yates (Team BikeExchange) e nas últimas centenas de metros contra-atacou o britânico, ganhando-lhe 11 segundos na meta.

No início, Bernal parecia satisfeito em apenas seguir na roda de Yates, que fez uma movimentação muito boa, que mais ninguém [além de Bernal] conseguiu responder, o colombiano não está pelos ajustes e quer amealhar todos os segundos possíveis para cimentar a sua camisola rosa. Bernal cortou a meta com mais 1m43s do que o vencedor Fortunato.

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Atrás de Bernal e Yates, os outros candidatos ficaram espalhados naquela parte final extremamente exigente do Monte Zoncolan, com destaque para Aleksandr Vlasov (Astana Premier Tech), segundo da geral à partida para esta jornada, que colocou a sua equipa a trabalhar durante a etapa, mas não conseguiu acompanhar o ataque daquela dupla. O russo caiu para a quarta posição da classificação do Giro, com 1m57s de desvantagem para Bernal.

O segundo lugar é agora de Simon Yates, a 1m33s do sul-americano da Ineos, e Damiano Caruso (Bahrain Victorious) terceiro, a 1m51s.

Remco Evenpoel voltou a ficar aquém das expectativas. Primeiro teve grandes dificuldades a descer após a penúltima montanha, obrigando os seus companheiros, principalmente João Almeida, a trabalhar para o recolocar no pelotão. Depois, já no Zoncolan, também não resistiu ao andamento imposto por Daniel Martinez, o último gregário da Ineos, impondo-se ao corredor português que abdicasse da sua colocação entre os primeiros, para ir em seu auxílio. Ambos perderam cerca de 1m30 para Bernal. Evenepoel é 8.º da geral, a 3m52s do líder e Almeida 14.º a 8m32s.

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O mesmo sucedeu a Rúben Guerreiro (EF Education-Nippo), em ajuda ao seu líder Hugh Carthy. O português chegou logo atrás de João Almeida e Evenepoel, e está na 15.ª posição da geral, a 9m19s do camisola rosa.

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