Qual a tecnologia por detrás das rodas hookless e quais os riscos e benefícios? Um pequeno resumo do que sabemos.

Nos anos mais recentes são cada vez mais as marcas a adotar a tecnologia de rodas hookless nos seus modelos em carbono. O termo aparece em todo o lado, mas muitas vezes continua a levantar dúvidas. Afinal, o que significa quando se fala de rodas hookless?

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Olhemos para os benefícios desta construção, e para os riscos associados, também.

1 – O que são rodas hookless?

Tradicionalmente, as jantes das rodas de bicicleta apresentam-se com um “gancho” interno, uma pequena curva na parede lateral que segura o pneu no lugar. Esse desenho garante que o pneu fica preso de forma segura, mesmo sob alta pressão.

As jantes hookless, por sua vez, eliminam esse “gancho”. A parede lateral é reta, permitindo que o pneu se apoie apenas na largura do aro, de forma semelhante ao que acontece nos pneus atuais dos automóveis.

2 – Os benefícios das rodas hookless

Em primeiro lugar, o peso. Sem o “gancho”, a construção do aro é mais simples, resultando em rodas de carbono ligeiramente mais leves. A parede lateral uniforme distribui melhor as forças, reduzindo o risco de falhas em

impactos, o que segundo alguns testes resulta numa maior resistência estrutural.

Segundo testes publicados no site CyclingWeekly.com, por exemplo, a transição entre pneu e aro tende a ser mais suave, melhorando a eficiência aerodinâmica da roda.

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2 – Riscos e limitações

As rodas hookless só são seguras com pneus tubeless e pressões mais baixas. Em estrada, por exemplo, raramente se deve ultrapassar os 5 bar (72 psi).

E nem todos os pneus são certificados para uso em jantes hookless, o que pode limitar a escolha de quem está a comprar.

Pressões acima do recomendado ou uso de pneus incompatíveis podem resultar em acidentes graves, tendo em conta que o pneu pode soltar-se do aro.

4 – Há futuro para o hookless?

O hookless representa um passo natural na evolução do design de rodas, aproximando o ciclismo de padrões já consolidados na indústria automóvel. No entanto, a adoção generalizada dependerá de maior padronização entre fabricantes e de um esclarecimento contínuo sobre boas práticas de utilização.

Para o ciclista comum, a tecnologia pode ser uma solução eficiente e segura — desde que se respeitem os limites de pressão e se escolham pneus certificados.
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