A 13ª etapa do Giro 2023 começou envolta em alguma polémica ao ser encurtada a “pedido” dos ciclistas… Com a redução de 199 para 85 kms esperava-se uma etapa “explosiva”, mas mais uma vez a animação esteve na fuga, com Einer Rubio (Movistar Team) a vencer no alto do Crans Montana.

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Com muita chuva e estradas molhadas, foi o cenário que “prendeu” os ciclistas na etapa de hoje. A organização reuniu com os ciclistas, que queriam fazer o percurso sem a subida Crox de Coeur, a qual se encontrava com temperaturas muito baixas e estradas com mau piso; e, para piorar, molhadas.

A organização do Giro não retira a subida, mas avança com o começar da prova antes dessa mesma subida, por volta do km 115, fazendo com que a etapa ficasse com apenas 85 kms de extensão. E assim foi.

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As opiniões dividem-se, mas com tão poucos kms esperava-se um grande espetáculo devido à pouca quilometragem e às duas subidas com potencial para fazer diferenças.

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Tal não sucedeu. A prova arranca efetivamente muito “atacada” na primeira subida, com muitos atletas a tentar destacarem-se do pelotão, mas a Ineos Grenadiers meteu o “comboio” a funcionar e as tentativas por aí ficaram. Jay Vine chegou a estar fugido, mas foi absorvido como os restantes.

Thibaut Pinot (Grouopama FDJ), Einer Rubio (Movistar Team), Derek Gee (Israel Premier Tech) e Alexander Cepeda (EF Education Easy-Post) conseguem encetar a fuga do dia, com mais de três minutos de vantagem a 43 kms do final.
Um grupo marcado por Pinot, que atava “desalmadamente” e se mostrava o “patrão” da fuga. No terreno plano a diferença manteve-se para o pelotão, com os fugitivos a entrarem na subida final confortáveis; contudo, Pinot não estava contente com a falta de colaboração e muito cedo começou a mexer a frente da corrida.

O grupo transforma-se num trio, com Pinot, Cepeda e Rubio, que levam a discussão da vitória para a linha da meta. Rubio sobe sempre no “elástico” e nunca respondeu prontamente a nenhum dos adversários diretos. E no sprint final surpreende todos, assegurando a sua primeira vitória numa grande volta.

Por outro lado no pelotão, nada acontece… Apesar de um ritmo algo elevado mantido pela Ineos, não havia grandes problemas para os homens da geral. O grupo chegou reduzido ao cimo do Crans Montana, mas as diferenças não aconteceram.

Damiano Caruso (Bahrain Victorious) ainda mexe nos últimos dois kms, mas com resposta pronta dos três primeiros homens da classificação geral.

Assim sendo, a maglia rosa mantém-se com Geraint Thomas (Ineos Grenadiers), com Primoz Roglic a 2 segundos e João Almeida (UAE Emirates Team) a 22 segundos. O português continua líder da classificação da juventude.

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Imagens: Giro de Itália // Eurosport

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