Já se previa e confirma-se. Tadej Pogacar não tem concorrência neste Giro. O esloveno é demasiado para os adversários na grande volta italiana, e no contrarrelógio demonstrou-se de forma cabal. Não diríamos esmagadora, porque não reconhecíamos a nenhum dos seus rivais diretos na classificação geral capacidade para sequer atenuar a desvantagem.

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Só Filippo Ganna, fora da luta pela camisola rosa, se aproximou do líder da UAE Emirates (fez mais 17 segundos). O terceiro, outro outsider, Magnus Sheffield, já ficou a ainda assim razoáveis 49 segundos. Os primeiros corredores que mais se aproximavam ficaram a dois minutos ou quase.

Geraint Thomas levou menos aquela conta e Daniel Martinez um pouco menos: 1.49 minutos. Estes últimos mantêm as posições subsequentes à da liderança do esloveno da UAE Emirates na classificação geral, mas o colombiano agora a 2.36 minutos e o britânico a 2.46 minutos.

Posto isto, e em véspera de uma etapa de montanha com final em alto, Pogi terá o Giro no bolso? Não se poderá afirmá-lo, porque haverá sempre imponderáveis, como quedas. Mas só. Thomas pareceu após o contrarrelógio um ciclista derrotado, confortado. E Martinez não é homem para a geral de um Giro, Vuelta ou Tour em que participe um dos grandes voltistas do pelotão mundial.

Nota final para o jovem Cian Uitjdebroeks, da Visma. Fez um contrarrelógio medíocre, provando que tem graves lacunas nesta disciplina, que terá de corrigir se quiser, um dia, ser um corredor para a geral de uma grande volta. Mas a equipa neerlandesa também não lhe deverá exigir isso, para já.

De qualquer modo, à grande dominadora de 2023, sem Jonas Vingegaard e depois da saída de Primoz Roglic, resta apenas o dinamarquês para estas competições. Sepp Kuss já venceu a Vuelta, mas contra Pogacar ou Roglic… ou veremos, Remco Evenepoel, não dá garantia de sucesso.


Crédito da imagem: UAE Emirates Twitter – https://twitter.com/TeamEmiratesUAE/status/1789047203454959806/photo/1   

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